Rússia vai reagir à suspensão da atividade diplomática islandesa no país
A Rússia assegurou hoje que responderá de forma adequada à decisão da Islândia de suspender as atividades diplomáticas no país a partir de agosto, devido à degradação das relações entre os dois países por causa da invasão da Ucrânia.

© Reuters

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"A decisão tomada pelas autoridades islandesas de baixar o nível das relações diplomáticas com a Rússia destrói toda a gama de cooperação russo-islandesa, que tradicionalmente se baseava no respeito mútuo e na cooperação multifacetada", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.
A diplomacia russa argumentou que a Rússia "contribuiu significativamente para a formação de um Estado islandês soberano, foi uma das primeiras a reconhecer a sua independência e fez muito para proteger os interesses da Islândia em tempos difíceis para o povo islandês".
Declarou que "toda a responsabilidade por esta evolução da situação recai inteiramente sobre o lado islandês".
"Teremos em conta esta decisão hostil quando estabelecermos os nossos laços com a Islândia no futuro. Todas as ações anti-russas de Reiquiavique serão inevitavelmente seguidas de uma reação correspondente", avisou a diplomacia russa.
O pequeno país nórdico é o primeiro a tomar esta medida desde o início da ofensiva russa na Ucrânia.
A ministra dos Negócios Estrangeiros islandesa, Thórdís Gylfadóttir, explicou na sexta-feira que "a situação atual simplesmente não permite que a pequena representação diplomática (de Reiquiavique) funcione na Rússia".
Na capital russa, a bandeira da embaixada islandesa foi simbolicamente retirada da representação na tarde de sexta-feira, observou uma equipa da AFP.
A Islândia pediu igualmente a Moscovo que "limite as atividades" da sua embaixada na capital islandesa e que "reduza o nível da representação" no local, esclarecendo, no entanto, que não se trata de uma rutura das relações diplomáticas.
O país nórdico de 375.000 habitantes tem embaixada em Moscovo desde 1944, com um interregno entre 1951 e 1953, período em que o comércio entre os dois países esteve suspenso.
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