"O tribunal de Brescia acaba de encerrar o inquérito contra mim e Giuseppe Conte", escreveu Roberto Speranza na sua conta na rede social Facebook.
"Pessoalmente, fiz tudo o que estava ao meu alcance durante esses dias terríveis para defender a saúde dos italianos", acrescentou o antigo ministro.
O Ministério Público de Bérgamo, a cidade da Lombardia no norte de Itália que foi uma das principais fontes do coronavírus quando este chegou à Europa, emitiu as suas conclusões em março, após uma investigação de três anos.
Conte, primeiro-ministro de 2018 a 2021 e actual presidente do Movimento 5 Estrelas (partido populista na oposição), foi ouvido já em junho de 2020 por um magistrado sobre a gestão daquela crise.
O tribunal procurava saber se Conte e o seu governo tinham subestimado a propagação do vírus, apesar de os dados de que dispunham mostrarem que a situação em Bergamo e na região circundante se estava a agravar rapidamente, embora as forças da ordem já estivessem prontas para isolar estas zonas do resto do país.
Em particular, os magistrados criticaram-nos por não termos criado uma "zona vermelha" entre 3 e 9 de março de 2020 que incluísse dois municípios da região, Nembro e Alzano Lombardo, que foram particularmente afetados pela covid-19.
O Ministério Público de Bérgamo enviou os resultados da investigação para Brescia, onde um tribunal especial, conhecido como "tribunal de ministros", responsável por julgar casos que envolvem membros ou ex-membros do governo, decidiu encerrar a investigação.
Contactado pela Agência France Presse (AFP), o tribunal especial não respondeu imediatamente para explicar a decisão.
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