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Mãe que recebeu perdão pela morte dos quatro filhos fala pela 1.ª vez

Mulher esteve 20 anos presa pela morte dos filhos.

Mãe que recebeu perdão pela morte dos quatro filhos fala pela 1.ª vez
Notícias ao Minuto

15:26 - 06/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Austrália

A australiana que foi libertada, esta segunda-feira, após cumprir uma pena de 20 anos pela morte dos quatro filhos, concedeu a sua primeira entrevista após sair da prisão.

Kathleen Folbigg, de 55 anos, foi condenada, em 2003, a 40 anos de prisão. Os quatro filhos de Folbigg, Caleb, Patrick, Sarah e Laura, morreram entre 1989 e 1999, quando tinham entre 19 dias e 18 meses e inicialmente, as autoridades médicas tinham decidido que as mortes, por sufocamento, se deviam a causas naturais. No entanto, a morte do quarto filho levou a polícia a começar a suspeitar de Folbigg, que acabou por ser condenada pelo assassínio de três filhos e o homicídio involuntário de um quarto, acusações que a mulher sempre rejeitou.

"Estou extremamente aliviada e agradecida por ter sido indultada e libertada da prisão", afirma Folbigg, num vídeo divulgado esta terça-feira, e em que refere que a sua "gratidão vai para a família e amigos", que sempre a apoiaram ao longo destes anos. e "sem quem não teria sobrevivido a este calvário".

"Em todos os dias [que estive na prisão], pensei e estive de luto pelos meus filhos", atira, em declarações à 7News.

O perdão de Kathleen surgiu depois de Tom Bathurst ter concluído que "existem dúvidas razoáveis quanto à culpa de Kathleen Folbigg por cada um desses crimes", disse Michael Daley.

Em 2020, uma equipa de cientistas, coordenada pela imunologista espanhola Carola García de Vinuesa e liderada pelo dinamarquês Michael Toft Overgaard, concluiu que as mortes dos filhos de Folbigg podem ter causas genéticas.

O estudo, publicado na revista especializada da Associação Europeia de Cardiologia, relacionou uma mutação genética encontrada em Sarah e Laura com uma probabilidade mais elevada de morte súbita cardíaca.

Além disso, a investigação, realizada por uma equipa internacional de 27 cientistas, constatou que as crianças carregavam variantes raras de um gene que, de acordo com outros estudos, pode causar a morte de ratos por ataques epiléticos.

Por este motivo, a mulher considera que a sua libertação é também "uma vitória para a ciência".

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