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Putin devolve obra de arte a Igreja. As imagens de um possível "capricho"

Os especialistas alertaram que a obra de arte não deveria ser removida do museu onde estava, dado que era lá que tinha uma equipa que monitorizava a peça 24 horas por dia.

Notícias ao Minuto

08:39 - 06/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O presidente da Rússia transferiu um dos quadros mais valiosos do país para a Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo, para onde muitas pessoas se têm dirigido para o apreciar.

A imagem com cerca de 600 anos, que se pensa ter sido pintada por Andrei Rublev, é conhecida como ‘Santíssima Trindade’.

Durante mais de um século, a obra prima esteve exposta na Galeria Tretyakov, um museu estatal russo, no qual estavam reunidas as condições para a preservar.

Recentemente, o Kremlin deu ‘luz verde’ para a transferência da tela para as mãos da Igreja Ortodoxa Russa, uma mudança que deixou, de acordo com a BBC, o Patriarca Kirill muito entusiasmado.

“Este ícone regressa à Igreja numa altura em que a nossa Pátria enfrenta enormes forças inimigas”, disse o responsável da Igreja aos fiéis durante este fim de semana.

“Regressa para que possamos pedir a Deus para ajudar o nosso país, assim como rezar ao nosso presidente Vladimir Putin, que decidiu devolver a peça”, rematou, citado pela publicação britânica.

Ainda que a mudança tenha sido feita, esta gerou polémica, segundo o que explicou o especialista Lev Lifshits à BBC. “Esta decisão foi um capricho pessoal de alguém”, afirmou, garantindo que o Conselho de Restauração da galeria onde a peça estava foi “categoricamente contra” a alteração de localização.

“Enquanto estava na galeria, a peça era monitorizada 24 horas por dia”, explicou Lifshits, que faz parte do grupo que desaconselhou a mudança, alertando que isto poderia resultar em grandes danos. “Esta é uma decisão política. Aqueles que estão no poder estão a olhar para o céu à espera de ajuda divina”, rematou.

Caso não seja de ajuda divina que quem está no poder está à espera, esta pode também ser uma forma de manter o apoio público, de acordo com o escreve a BBC. A publicação britânica relembra que o Patriarca Kirill tem vindo a apoiar a guerra, chamando-lhe, tal como Putin, “operação militar especial”, tendo mesmo chegado a dizer que os soldados que ajudarem a combater vão “libertar-se dos pecados”.

Também em outubro passado, o mesmo responsável chegou a dizer que Deus colocou Putin no poder para que este pudesse levar a cabo um “serviço de grande importância para o destino do país”.

Veja as imagens na galeria acima.

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