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Pelo menos 10 mortos em ataque de rebeldes ligados ao EI na RDCongo

Pelo menos 10 pessoas morreram quinta-feira num ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF), grupo rebelde ligado ao extremista Estado Islâmico, no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), segundo fontes militares e um líder da sociedade civil.

Pelo menos 10 mortos em ataque de rebeldes ligados ao EI na RDCongo
Notícias ao Minuto

16:59 - 02/06/23 por Lusa

Mundo RDCongo

O ataque ocorreu na aldeia de Museya, localizada no território de Beni, na província de Kivu do Norte.

"Dez pessoas morreram e uma ficou ferida durante esta incursão dos rebeldes ugandeses, que são os autores deste ataque", disse por telefone o porta-voz da sociedade civil local, Delphin Mupenda.

Mupenda apelou à proteção militar através de uma presença regular das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) em Museya, cada vez mais ameaçada por grupos armados.

"Já estamos conscientes deste facto e informámos a hierarquia. São os rebeldes das ADF que estão na origem deste incidente", confirmou à Efe, por telefone, o coronel Marcel Kaloni, administrador militar em Beni.

"Infelizmente, não conhecemos os motivos deste ataque. Mataram civis e raptaram três civis, que estão desaparecidos", acrescentou Kaloni.

As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas está atualmente baseado nas províncias de Kivu do Norte e na vizinha Ituri.

Os seus objetivos não são claros, além de uma possível ligação ao extremista Estado Islâmico, que por vezes reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.

De acordo com o Barómetro de Segurança de Kivu (KST), as ADF são responsáveis por 3.690 mortes em mais de 690 ataques na RDCongo desde 2017.

Além disso, as autoridades ugandesas acusaram o grupo de organizar ataques no seu território, incluindo dois atentados suicidas em Kampala, em novembro de 2021, e assassinatos de altos funcionários por motoristas armados.

Para lhes pôr termo, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram, em novembro de 2021, uma operação militar conjunta em solo congolês, que ainda está em curso, embora os ataques dos rebeldes não tenham cessado.

Desde 1998, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão das Nações Unidas na RDCongo (Monusco), com cerca de 16.000 efetivos uniformizados no terreno.

Leia Também: Embaixada de Portugal e UE apelam a eleições pacíficas na RDCongo

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