Prender Putin? "Negociações (da guerra) serão prioridade", defende Macron
"Seremos colocados numa posição em que diremos: 'Quero que vá para a prisão, mas é a única pessoa com quem posso negociar'", alertou o presidente francês.

© Christian liewig Corbis/Corbis via Getty Images

Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou, esta quarta-feira, que poderá não ser possível julgar o seu homólogo russo por crimes de guerra cometidos na Ucrânia, uma vez que Vladimir Putin é a única pessoa com quem é possível negociar o fim do conflito.
"Se daqui a alguns meses tivermos uma janela para negociações, a questão será a arbitragem entre um julgamento e uma negociação", referiu Macron, na cimeira da Comunidade Política Europeia em Chisinau, Moldova.
O presidente francês defendeu ser necessário "negociar com os líderes que temos" e que as "negociações serão uma prioridade".
"Seremos colocados numa posição em que diremos: 'Quero que vá para a prisão, mas é a única pessoa com quem posso negociar'", acrescentou, citado pelo jornal The Guardian.
Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de captura por crimes de guerra contra Putin, acusando-o de ser "alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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