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UE lança missão para ajudar Moldova a lutar contra ameaças híbridas
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, inaugurou hoje a Missão de Parceria para a Moldova para ajudar o país a contrariar ameaças de países como a Rússia, que tenta influenciar aquela nação que faz fronteira com a Ucrânia.
© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images
Mundo Ucrânia
"Estou aqui com uma mensagem clara: a Moldova não está sozinha. Vocês são um parceiro estratégico para nós. Vocês são um futuro Estado-membro da UE. O lançamento desta missão é mais um sinal político importante do apoio da União Europeia (UE) nestas circunstâncias difíceis", disse o alto-representante europeu para os Negócios Estrangeiros, numa intervenção realizada ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldova, Nicu Popescu, em Chisinau, por ocasião de uma reunião da Comunidade Política Europeia, a decorrer quinta-feira naquela cidade.
Esta missão é semelhante a outras 12 espalhadas por outras áreas geográficas e tem como objetivo ajudar países como a Moldova a fazer face a "ameaças híbridas", por exemplo, à propaganda do Kremlin e às tentativas de destabilizar o país através da região separatista da Transnístria.
A missão vai começar com 15 elementos, mas "nas próximas semanas a equipa irá crescer até pelo menos 40", acrescentou Borrell.
A Moldova é um país candidato à adesão à UE desde o ano passado. O avanço na candidatura ocorreu, em parte, pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, que destabilizou o panorama geopolítico internacional e lançou a Europa para a maior crise de refugiados dos últimos 80 anos.
A região separatista da Transnístria faz fronteira com a Ucrânia e é apoiada por Moscovo. As tensões aumentaram no último ano entre o Governo de Chisinau e o da Transnístria por causa da invasão ao país vizinho.
No início deste ano, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou um suposto plano intercetado pelas secretas do país que apontava para um eventual golpe de Estado na Moldova, sob patrocínio russo.
O Governo do país é favorável à adesão à UE e, de acordo com o alegado plano, Moscovo queria imiscuir-se na política nacional para condicionar a eleição de um executivo alinhado com o Kremlin.
Leia Também: Adesão à UE? Montenegro é "o primeiro da fila", garante Borrell
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