O pagamento acordado com o Centro de Análise e Relatórios de Transação da Austrália (AUSTRAC), que processou a operadora de casinos Crown Resorts em março, ascende a 450 milhões de dólares australianos (273 milhões de euros), segundo um comunicado oficial divulgado pela agência governamental.
O jornal diário Sydney Morning Herald sublinhou na edição de hoje que, caso a multa à Crown Resorts seja aprovada pelo tribunal federal em julho, será a terceira maior na história empresarial por violação das leis de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Como parte do acordo, a Crown, propriedade do fundo de investimento norte-americano Blackstone, admitiu não ter avaliado adequadamente os riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo nos casinos de Melbourne e Perth e de não dispor de sistemas adequados para acompanhar, controlar e atenuar essas atividades ilícitas.
"Estas falhas históricas eram inaceitáveis", afirmou o diretor executivo do grupo, Ciarán Carruthers, em comunicado, dizendo que, desde 2020, estão em vigor medidas para prevenir estes crimes.
O escândalo que envolve a Crown rebentou em 2019, quando uma investigação jornalística do canal australiano Channel 9 revelou que vários grupos de crime organizado estavam infiltrados no gigante dos casinos, motivando várias investigações a propriedades do grupo.
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