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Chefe da junta no Chade perdoa 60 manifestantes de protestos violentos

O chefe da junta militar do Chade, Mahamat Idriss Déby, assinou um decreto para perdoar mais de 60 manifestantes, condenados pela sua participação nos protestos antigovernamentais que tiveram lugar em outubro de 2022 no país africano.

Chefe da junta no Chade perdoa 60 manifestantes de protestos violentos
Notícias ao Minuto

18:13 - 25/05/23 por Lusa

Mundo Chade

Mais concretamente, 67 pessoas foram perdoadas depois de terem sido condenadas por "atentar contra a ordem constitucional, participar num movimento insurrecional, reunião não autorizada" e outras acusações relacionadas com homicídio, agressão, destruição de bens, violência ou fogo posto.

O decreto, que "faz parte dos esforços para promover a reconciliação nacional" no país, foi assinado na quarta-feira pelo chefe da junta militar, mas o anúncio foi feito hoje, segundo o portal de notícias Alwihda, citado pela agência Europa Press.

Um outro decreto presidencial assinado em março passado concedeu o perdão a 259 manifestantes, apenas três dias depois de Mahamat Idriss Déby ter perdoado 380 membros do grupo rebelde Frente de Alternância e Concórdia no Chade (FACT), condenados dias antes pela morte do seu pai, Idriss Déby Itno, em 2021.

O líder da junta chadiana descreveu anteriormente os protestos de outubro como uma "insurreição organizada" apoiada por "potências estrangeiras" e acusou os manifestantes de "matar civis a sangue frio e assassinar membros das forças de segurança".

Os protestos eclodiram depois de a junta ter decidido prolongar por mais dois anos o mandato de Déby, que tinha inicialmente planeado demitir-se e entregar o poder a um governo civil. Foi nomeado presidente pelo exército em 2021, após a morte do seu pai, Idriss Déby Itno, que liderava o país desde 1990.

A oposição, organizações não-governamentais locais e internacionais, bem como parte da comunidade internacional, condenaram fortemente o uso excessivo da violência "contra civis" na repressão deste movimento de protesto.

Leia Também: Sudão. Número de refugiados no Chade sobre para 90 mil, diz ACNUR

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