Quem é Amy Pope, a primeira mulher a tornar-se diretora-geral da OIM?
Após iniciar o seu mandato de cinco anos no próximo dia 1 de outubro, a veterana da Casa Branca vai-se tornar a primeira mulher a chefiar a OIM.
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Mundo OIM
Após António Vitorino ter retirado a recandidatura à liderança da Organização Internacional para as Migrações (OIM), esta segunda-feira, depois de ter sido derrotado na primeira volta por Amy Pope, a norte-americana é a escolhida para liderar a instituição.
Quando iniciar o seu mandato de cinco anos no próximo dia 1 de outubro, a veterana da Casa Branca vai-se tornar a primeira mulher a chefiar a OIM.
Mas quem é Amy Pope?
Amy Pope, de 49 anos, é ex-adjunta de António Vitorino e advogada. O seu percurso académico passou pela Haverford College, na Pensilvânia, e pela Faculdade de Direito da Universidade Duke, na Carolina do Norte.
Como profissional, foi vice-conselheira de segurança interna do antigo presidente norte-americano Barack Obama, além de ter sido, por um curto período de tempo, assessora de migrações do atual executivo.
Na Casa Branca, lidou com surtos migratórios, tráfico de pessoas, surtos de zika e ébola e preparação de comunidades para reagir às crises climáticas.
Em 2021, foi nomeada vice-diretora-geral da OIM, com foco na gestão e reforma.
No mês passado, percorreu o Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Honduras, Panamá, Costa Rica e países das Caraíbas em busca de apoio para a sua candidatura à OIM, que rivalizava com a do português António Vitorino - último diretor-geral da Organização e antigo chefe de Pope.
Entre as suas conquistas profissionais, supervisionou os esforços de reforma orçamentária da OIM, que resultaram num compromisso adicional de 75 milhões de dólares (68 milhões de euros) de governos para otimizar as entregas de campo e a gestão de riscos da Organização, assim como para melhorar os resultados operacionais e fortalecer a coordenação com o sistema da ONU.
Quais são os seus objetivos na liderança da OIM?
Segundo a norte-americana, os objetivos do seu mandato são construir relacionamentos mais profundos com os membros da OIM; usar 'big data' das comunidades para prever os efeitos das mudanças climáticas e identificar as comunidades mais resilientes; além de procurar aliados no setor privado para trabalhar de forma integral.
"A única forma de melhorar a estratégia e abordagem migratória é construir uma abordagem regional cooperativa e coordenada, uma vez que nenhum país pode gerir as migrações sozinho", avaliou Pope aquando da sua passagem pela América Latina no mês passado.
Outra das grandes prioridades de Amy Pope é "levar a organização para o século XXI", defendendo a necessidade de mais energia e de uma visão estratégica.
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