PR queniano assume "responsabilidade" pela morte de vítimas de seita

O Presidente do Quénia assumiu "toda a responsabilidade" pela morte de mais de 200 pessoas em terrenos de uma seita cristã no sul do país e prometeu que as autoridades "irão ao fundo da questão" para esclarecer o caso.

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Lusa
15/05/2023 11:50 ‧ 15/05/2023 por Lusa

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"Assumo a responsabilidade de que, como presidente, isto não deveria ter acontecido. A minha promessa aos quenianos é que vamos chegar ao fundo da questão", afirmou William Ruto durante uma entrevista aos meios de comunicação social quenianos. "Assumimos toda a responsabilidade", disse.

O chefe de Estado acrescentou que "alguns dos responsáveis por este fracasso do Governo serão responsabilizados", considerando que "este tipo de coisas não devia ter acontecido", segundo o diário queniano "The Nation".

O Presidente lamentou que o líder da seita, Paul Mackenzie, e os seus "cúmplices" tenham sido "detidos e levados a tribunal mais do que uma vez e depois libertados, altura em que ele viu a necessidade de continuar as suas atividades criminosas em nome da religião". "Esta pessoa é um terrorista", afirmou.

Por outro lado, explicou que ainda não tinha ido ao terreno da seita, em Malindi, porque o local "foi declarado cena de crime" e criticou o antigo primeiro-ministro e atual líder da oposição, Raila Odinga, por se ter deslocado ao local. "O que é que ajuda a ida uma figura política lá (ao local do crime)? É um perito em segurança? Um médico? Vai exumar corpos?".

Ruto defendeu também a proibição de acesso dos meios de comunicação social a estes terrenos, em Shakahola, e disse que "o que lá está não é uma cena para relatar". "O que é que há a esconder sobre as sepulturas e os mortos? Se tivessem ido a Shakahola, teriam filmado as sepulturas e os corpos desintegrados para os mostrar aos quenianos", questionou.

Por último, rejeitou a possibilidade de impor regulamentos à Igreja e defendeu "a existência de uma instituição auto-reguladora". "Queremos estabelecer, com os líderes religiosos, um mecanismo para garantir que os criminosos e os bandidos não se aproveitem da religião e da fé para causar danos", afirmou.

Os principais líderes da seita, liderados por Mackenzie, exortaram os seguidores a jejuar até à morte, com a promessa de que se encontrariam com Jesus Cristo numa nova vida. Segundo o último balanço oficial, há 201 mortos.

Leia Também: Mais de 200 mortos num massacre cometido por seita no Quénia

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