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Mais de dois terços consideram que Biden é muito velho para novo mandato

A taxa de aprovação do atual presidente está nos 36%, a mais baixa desde que há registo a cerca de um ano e meio das presidenciais. A maioria dos inquiridos acha que Trump geriu melhor a economia no seu mandato.

Mais de dois terços consideram que Biden é muito velho para novo mandato

Apesar de muitos analistas políticos norte-americanos afirmarem que a idade avançada de Joe Biden não é preponderante, a mais recente sondagem da ABC e do Washington Post coloca o presidente dos Estados Unidos em maus lençóis, com 68% dos eleitores a expressarem que o recandidato é demasiado velho para outro mandato.

O valor apontado para o atual presidente é preocupante quando comparado com o anterior, e seu provável adversário nas eleições de 2024.

Apenas 44% dos inquiridos considera que Donald Trump, com 76 anos, é demasiado velho para o cargo - um possível segundo mandato de Trump terminaria com o antigo líder com 82 anos. Já Biden, com 80 (fará 81 em novembro), terá 86 anos no final de um hipotético segundo termo.

Outro dado alarmante para a recandidatura do líder democrata é a perceção do eleitorado sobre a sua capacidade mental e saúde física - isto apesar de Biden ser conhecido por se mostrar fisicamente apto para a sua idade, fazendo exercício todos os dias e correndo em vários comícios. Por outro lado, o tempo privado de Donald Trump na Casa Branca ficou algo marcado pela sua grande preferência por 'fast food' e hábitos pouco saudáveis.

Os maus resultados não ficam por aqui e, apesar dos números apontarem para uma melhor gestão da economia durante a administração Biden, a verdade é que subida a pique da inflação, entre outros fatores, levam apenas 36% dos inquiridos a considerar que o presidente tem gerido a economia da melhor forma.

Do outro lado, são 54% os inquiridos que dizem que a economia produziu melhores resultados durante o primeiro (e, para já, único) mandato de Donald Trump.

A ABC considera que a sondagem é "brutal" para o presidente, com uma taxa de aprovação mais baixa desde o início da sua presidência e uma grande maioria dos democratas, do seu próprio partido, a considerarem que Biden não é o candidato ideal (embora a maioria refira que vai votar na mesma, face à falta de opções). Apenas 36% do eleitorado vê o presidente de forma favorável, menos seis pontos percentuais desde a sondagem de fevereiro, e 56% dá uma nota negativa ao seu mandato.

A emissora nota que a taxa de aprovação de Biden é a mais baixa de qualquer presidente com um mandato a cerca de um ano e meio para as próximas eleições presidenciais, desde que há registo. Por comparação, em abril de 2019, a taxa de aprovação de Trump estava nos 39%.

Donald Trump já anunciou a sua recandidatura e tem andado em campanha pelo país, sendo o principal favorito à nomeação no Partido Republicano. O seu principal adversário nos conservadores é Ron DeSantis, o mediático governador da Flórida, que tem tido um ano marcado por medidas autoritárias, leis anti-LGBTI+ e restrições ao ensino sobre racismo e escravatura, embora as suas táticas tenham sido mal acolhidas nos Republicanos.

Além de Trump, os restantes republicanos que já anunciaram candidaturas foram Nikki Haley, a antiga embaixadora na ONU, nomeada por Trump; Vivek Ramaswamy, um multimilionário que pretende cortar investimento em políticas ambientais; e Asa Hutchinson, o ex-governador do Arkansas que foi um dos procuradores no caso de exoneração de Bill Clinton, nos anos 90.

Os únicos democratas, além de Biden, a anunciarem candidaturas até agora foram Marianne Williamson, uma escritora de livros de autoaajuda, e Robert F. Kennedy Jr., mais conhecido por promover teorias de conspiração, especialmente informações falsas relativamente a vacinas. Biden não deverá ter dificuldades em ultrapassar os dois candidatos, especialmente depois do apoio declarado de Bernie Sanders.

Leia Também: Presidente mais velho na história dos EUA procura a reeleição

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