A suspensão dos combates entre tribos árabes e o grupo étnico masalita no Darfur Ocidental marca a diferença ao caos generalizado no país, com o início de combates violentos no passado dia 15 de abril entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
Fontes da estação de rádio sudanesa Radio Dabanga descrevem uma "calma cautelosa" desde terça-feira na capital regional, El Geneina, onde a maior parte dos hospitais continua inativa e muitos dos habitantes da cidade acabaram por atravessar a fronteira com o Chade para se instalarem no campo de refugiados de Goz Amir.
A deslocação para o Chade foi possível graças ao acordo intertribal, que prevê a reabertura das vias de comunicação.
No entanto, os habitantes têm dificuldade em regressar às ruas da cidade, uma vez que estão em vigor restrições à formação de grupos de pessoas.
A primeira vaga de refugiados chegou a Goz Amir na quarta-feira, após uma viagem de 95 quilómetros desde a fronteira.
O local é considerado pela população fronteiriça sudanesa como refúgio seguro dada a sua relativa proximidade.
O número de mortos fornecido por fontes locais continua por verificar, enquanto os mais de 300 feridos continuam a aguardar a oportunidade de receber cuidados médicos fora de El Geneina, especialmente porque organizações não-governamentais como os Médicos Sem Fronteiras anunciaram a cessação das suas atividades na região devido à violência em curso.
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