O objetivo da reunião em Amã, capital da Jordânia, é "desenvolver os (recentes) contactos e propostas inter-árabes e da iniciativa jordana (...) para chegar a uma solução política para a crise na Síria" que permita a admissão daquele país na Liga Árabe antes da cimeira da organização pan-árabe marcada para o próximo dia 19 em Riade, segundo a agência de notícias Efe.
A Síria foi banida da Liga Árabe há mais de uma década, pela repressão contra as revoltas populares de 2011.
O encontro ocorre cerca de duas semanas depois de uma outra reunião sobre a Síria entre os chefes da diplomacia da Jordânia, do Iraque e do Egipto e os seus homólogos do Conselho de Cooperação do Golfo, que inclui a Arábia Saudita, o Qatar, o Kuwait, os Emirados Árabes Unidos, o Barém e Omã.
A reunião teve lugar no passado dia 14 de abril na cidade saudita de Jidá, tendo se prolongado até à madrugada do dia seguinte sem qualquer resolução que conduzisse a um acordo pan-árabe para a reintegração da Síria na Liga Árabe.
Os ministros destes países sublinharam no final da reunião a necessidade de "estabelecer os mecanismos necessários" para resolver a crise política, bem como o seu interesse em "intensificar as consultas entre os países árabes para garantir o sucesso desses esforços".
Este encontro foi promovido por Riad, país que no início de março normalizou as relações com o seu arqui-inimigo no Médio Oriente, o Irão, aliado próximo do Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, escreve a Efe.
Embora nos últimos anos alguns dos países da região tenham começado a descongelar as suas relações com a Síria, foram os terramotos ocorridos há dois meses que parecem ter dado um forte impulso à possibilidade de restabelecer laços.
No entanto, o principal obstáculo à reintegração da Síria no organismo pan-árabe parece ser o Qatar, que Riad está a tentar persuadir, embora a sua posição não tenha transcendido durante a reunião em Jidá, na Arábia Saudita, refere a Efe.
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