A junta, no poder desde o golpe de 2021, disse, numa declaração, que 3.015 detidos beneficiam da medida, impulsionada pelo ano novo birmanês, ou Thingyan, celebrado entre quinta-feira e domingo.
Os militares birmaneses apenas especificaram que cinco nacionais do Sri Lanka estão entre os estrangeiros amnistiados, sem dizer que outros cidadãos do exterior beneficiam da medida.
A amnistia de presos, uma iniciativa comum em Myanmar em datas importantes, acontece depois de 168 pessoas, incluindo 40 menores, terem morrido, na sequência do bombardeamento do Exército, na terça-feira, de uma aldeia no noroeste do país.
Em amnistias anteriores, a junta libertou presos políticos, mas apenas algumas dezenas entre os milhares que se encontram atrás das grades. Alguns voltaram a ser detidos.
O golpe militar de 1 de fevereiro de 2021 mergulhou Myanmar numa profunda crise política, social e económica, e abriu um capítulo de violência, com novas milícias civis a intensificarem a guerra de guerrilhas existente há décadas no país.
Em março, a ONU denunciou que mais de três mil civis foram mortos, 1,3 milhões foram forçados a abandonar as suas casas e 16 mil tornaram-se presos políticos desde o golpe, entre eles a líder do Governo deposto Aung San Suu Kyi, pondo fim a uma década de transição democrática.
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