Iémen. Cruz Vermelha aplaude troca de cerca de 900 prisioneiros

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou hoje o fim do processo de três dias, com sucesso, de troca de prisioneiros entre o Governo do Iémen e os rebeldes huthis, que envolveu cerca de 900 pessoas.

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Lusa
16/04/2023 19:14 ‧ 16/04/2023 por Lusa

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Iémen

"As operações de libertação foram concluídas com sucesso depois de três dias. O CICV e a Sociedade do Crescente Vermelho do Iémen trabalharam incansavelmente para reunir cerca de 900 ex-detidos com as suas famílias, dando um passo positivo para a paz e reconciliação no Iémen", escreveu na sua conta da rede social Twitter o CICV.

A troca de prisioneiros começou na sexta-feira, com vários dias de atraso, após um acordo alcançado em 20 de março na capital suíça, Berna, numa reunião copresidida pelo CICV e em que participou o enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg.

Em 08 de abril, uma delegação da Arábia Saudita e de Omã chegou a Sanaa para discutir com os líderes dos rebeldes huthis a possibilidade de iniciar um processo de paz, tendo estas negociações permitido a troca de prisioneiros agora realizada.

Na sexta-feira, um primeiro voo com 125 pessoas deixou Áden, sede do Governo reconhecido do Iémen, em direção a Sanaa, capital do país, sob controlo dos rebeldes, enquanto outras 35 pessoas faziam o trajeto inverso. Pouco depois, outras 124 pessoas foram transferidas de Áden para Sanaa e 34 seguiram na direção oposta.

Segundo o CICV, nos primeiros dois dias foram libertados 675 prisioneiros e, até ao final do dia de hoje, a organização confirmou a previsão de libertação de 887 pessoas detidas por ambas as partes, a segunda maior troca desde o início do conflito, depois de, em 2020, ter ocorrido uma operação que libertou 1.000 pessoas.

O Iémen é palco de um conflito desde 2015 entre o Governo, apoiado pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irão e que conquistaram grandes porções do território do país, incluindo a capital Sanaa.

A guerra no Iémen levou o país à pior catástrofe humanitária da atualidade, segundo as Nações Unidas. Mais de 21 milhões de iemenitas [dois terços da população] precisarão de ajuda este ano e 17 milhões destes precisarão recebê-la com urgência para sobreviver.

O conflito provocou quase 380.000 mortos, seja pelos combates ou pela fome e doenças, e quatro milhões de deslocados, segundo dados levantados pelas agências da ONU.

Leia Também: Iémen. 3.º dia de troca de prisioneiros prevê libertação de 200 pessoas

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