Rebeldes perdoados da pena de prisão perpétua libertados no Chade

Um grupo de 380 rebeldes no Chade, recentemente perdoados de uma pena de prisão perpétua, entre outras condenações, pelo "assassínio" do ex-presidente Idriss Déby Itno em 2021, foram hoje libertados, anunciou o ministro da Justiça.

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Lusa
05/04/2023 16:55 ‧ 05/04/2023 por Lusa

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Chade

Em frente das câmaras, sob um calor abrasador, cerca de 30 deles, ainda com os uniformes da prisão, desfilaram diante dos funcionários que lhes entregaram o respetivo certificado de libertação, durante uma "cerimónia oficial" defronte da prisão de Klessoum, a cerca de 20 quilómetros da capital, N'Djamena.

Os restantes 350 tinham sido libertados mais cedo, segundo o ministro da Justiça Mahamat Ahmat Alhabo, que presidiu à cerimónia.

A informação foi confirmada à agência France-Presse (AFP) por um dos advogados dos prisioneiros, Vetada Vounsia Atchenemou.

A sua organização, Frente para a Alternância e a Concórdia no Chade (FACT, na sigla em francês), o mais forte de uma série de movimentos rebeldes, bem como a oposição e organizações não-governamentais tinham denunciado a condenação coletiva de mais de 400 homens no passado dia 21 de março pela morte de um, no final de um julgamento "apressado" na prisão de Klessoum.

Mahamat Idriss Déby Itno, filho do falecido chefe de Estado e proclamado Presidente pelo exército aquando da morte do pai em combate contra os rebeldes, perdoou 380 deles quatro dias depois.

Os prisioneiros agora libertados tinham sido capturados durante uma ofensiva em abril de 2021 na qual morreu Idriss Déby Itno, e condenados a prisão perpétua por "atos de terrorismo, atividade mercenária, incorporação de menores no exército e pôr em perigo a vida do chefe de Estado".

O líder da FACT, Mahamat Mahdi Ali, que está em fuga, e outros 55 condenados, alguns dos quais foram condenados à revelia, não são abrangidos pelo indulto.

Em abril de 2021, a FACT lançou uma ofensiva a partir das suas bases na retaguarda na Líbia em direção a N'Djamena. O exército deteve-os a cerca de 300 quilómetros a norte da capital.

Em 20 de abril, o exército anunciou que o marechal Idriss Déby Itno, que governava com punho de ferro o Chade há mais de 30 anos, tinha morrido em combate com os rebeldes e nomeou o general Mahamat Déby, então com 37 anos, "Presidente de transição da República", à frente de uma junta militar de 15 generais.

Prometeu eleições livres após 18 meses de transição, mas no final deste período foi renomeado chefe de Estado por mais dois anos.

Leia Também: Pelo menos 32 mortos em confrontos no Chade

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