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Socialistas propõem "férias de solidariedade" para crianças ucranianas

Uma delegação do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) no Parlamento Europeu que foi na terça-feira a Kiev, e na qual participou Pedro Marques (PS), propôs lançar a iniciativa de "férias de solidariedade" para crianças ucranianas.

Socialistas propõem "férias de solidariedade" para crianças ucranianas
Notícias ao Minuto

13:02 - 29/03/23 por Lusa

Mundo Europa

No regresso da Ucrânia e em declarações à Lusa por telefone desde Varsóvia, , eurodeputado indicou que a ideia, discutida com o comissário ucraniano para os direitos humanos, visa possibilitar a crianças ucranianas, "que estão a ser brutalmente afetadas pela guerra", passarem "férias em países europeus" e escaparem por alguns dias aos horrores do conflito.

Lembrando que já foram realizados no passado programas semelhantes em zonas de conflito e até mesmo em território ucraniano, por ocasião do acidente nuclear de Chernobyl, o eurodeputado socialista português disse que esta iniciativa, que poderá envolver organizações não-governamentais (ONG) europeias e o Serviço Europeu de Ação Externa, abrange um grupo populacional que suscita grandes preocupações face à "realidade evidente" do sequestro de crianças por parte das forças russas.

Segundo Pedro Marques, a questão do sequestro e deportação para a Rússia de crianças ucranianas, um dos elementos centrais do mandado de captura emitido este mês pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Presidente russo, "foi evidentemente destacado" nas reuniões mantidas pela delegação do S&D com autoridades ucranianas, "em particular com o comissário para os direitos humanos".

Embora a petição do procurador-geral do Tribunal identifique a deportação de "pelo menos centenas de crianças de orfanatos e instalações infantis" ucranianos, estimativas das autoridades locais e ONG apontam para que o número possa atingir os vários milhares.

A líder do grupo S&D que encabeçou a comitiva, a espanhola Iratxe García, também afirmou num comunicado do grupo que "um dos crimes mais horrendos" cometidos no quadro da atual agressão russa "são as deportações e adoções forçadas de crianças ucranianas na Rússia, tal como sublinhado pelos recentes mandados de captura do TPI", justificando também assim a sua iniciativa de "férias de solidariedade" para as crianças ucranianas.

Depois de passar um dia em Kiev, Pedro Marques manifestou-se particularmente impressionado com "a absoluta resiliência daquele povo" e admitiu perceber melhor agora como a Ucrânia tem conseguido resistir, há mais de um ano, face a um dos mais poderosos exércitos do mundo.

"Mesmo no chamado «comboio da liberdade» para Kiev recebemos notificações do ataque de drones que estava a suceder na capital. Mas aquele povo levanta-se, vai trabalhar, continua com a sua vida. Infelizmente este é o seu dia a dia. Optam por lutar, por tentar perseverar", comentou, saudando igualmente a "impressionante força e qualidade das instituições" ucranianas, mesmo em contexto de guerra.

Durante a visita, a delegação dos Socialistas Europeus reuniu-se com o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmyhal, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, entre outros.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser frequentemente confirmadas de imediato de forma independente.

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