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Dez anos para agente de segurança por morte manifestante na Guiné-Conacri

Um tribunal da Guiné-Conacri condenou um membro das forças de segurança a dez anos de prisão pela morte de um jovem baleado durante um protesto da oposição realizado em junho de 2022.

Dez anos para agente de segurança por morte manifestante na Guiné-Conacri
Notícias ao Minuto

14:16 - 28/03/23 por Lusa

Mundo Guiné-Conacri

Segundo o portal de notícias guineense Guinée Matin, o homem condenado é Moriba Camara, acusado da morte de Thierno Mamadou Diallo, de 19 anos. Terá também de pagar uma multa de 100 milhões de francos guineenses (cerca de 10.700 euros).

O advogado de Camara expressou "tristeza" e "frustração" após o veredicto, antes de acusar os juízes de "falta de coragem".

"Moriba não é culpado de nada", disse Kabinet Kourala Keita, que pediu à família para que "se acalmasse" enquanto aguarda o recurso.

Por seu lado, a acusação salientou que "uma sentença de dez anos de prisão é muito baixa" e sublinhou que esperava uma sentença mais severa para "servir de exemplo".

"Não estamos satisfeitos e vamos recorrer", disse Alpha Issiaga Diallo.

A acusação tinha exigido 25 anos de prisão contra Camara pela morte de Diallo, que teve lugar no meio de uma repressão dos protestos contra a junta instalada após a revolta de setembro de 2021, que derrubou o então presidente, Alpha Condé.

A junta, liderada pelo coronel Mamady Doumbouya - agora também presidente de transição guineense - foi instalada após meses de crise política no país, na sequência da sua decisão de alterar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato e da sua vitória nas eleições presidenciais de 2020, nas quais os outros candidatos denunciaram fraude.

Leia Também: Há "sinais preocupantes" de radicalismo violento no leste da Guiné-Bissau

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