Kremlin insiste em investigação a explosões "terroristas" nos Nord Stream
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou que todas as partes deveriam ter interesse na realização de uma investigação imparcial, de modo a encontrar os responsáveis pela ocorrência.

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Mundo Guerra na Ucrânia
O Kremlin disse, esta terça-feira, que vai continuar a exigir a realização de uma investigação internacional às explosões que danificaram os gasodutos Nord Stream, no Mar Báltico, o ano passado, reporta a Reuters. Isto após a proposta ter sido rejeitada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou que todas as partes deveriam ter interesse na realização de uma investigação imparcial, de modo a encontrar os responsáveis pela ocorrência.
"Vamos fazer todos os possíveis para continuar a insistir e para dar início a tal investigação de caráter internacional", explicou no seu briefing diário à comunicação social. Dmitry Peskov não explicou, no entanto, que passos seriam dados nesse sentido daqui em diante.
As declarações do porta-voz do Kremlin surgem depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidos ter rejeitado o pedido feito pela Rússia para a realização de uma investigação independente às explosões que aconteceram no passado mês de setembro e que afetaram os gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha. Sobre esta decisão, Peskov disse que Moscovo viu a mesma "com pesar".
"Acreditamos que todos deveriam estar interessados numa investigação objetiva envolvendo todas as partes interessadas, todos aqueles que possam ajudar a determinar quem encomendou ou perpetrou este ato terrorista", acrescentou o porta-voz do Kremlin.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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