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Fazia-se passar por bilionário para golpes de milhares em hotéis de luxo

Suspeito foi detido duas vezes em Barcelona no espaço de um mês. Está ligado a golpes semelhantes em Madrid.

Fazia-se passar por bilionário para golpes de milhares em hotéis de luxo
Notícias ao Minuto

08:57 - 27/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

Os Mossos d'Esquadra, a polícia regional da Catalunha, anunciou que deteve duas vezes, num só mês, um homem, de 27 anos, que defraudou imobiliárias e hotéis de luxo em Barcelona em mais de 300 mil euros, fazendo-se passar pelo filho de um bilionário americano. 

Em comunicado, no domingo, a polícia explicou que o homem, reincidente, é especializado no aluguer de vilas, apartamentos, suítes e coberturas duplex em hotéis de luxo em Barcelona, através de transferências bancárias internacionais falsas e documentação falsificada.

O detido "conseguiu convencer as suas vítimas fazendo-se passar por um empresário de alto poder" e filho "de um bilionário americano".

"Alugava propriedades de alto padrão e aí dava festas para seduzir os convidados e fazê-los cair em novas mentiras que lhe permitiam ganhar prestígio e tornar-se uma pessoa influente ao mostrar uma vida cercada de riquezas e grandes prazeres", lê-se.

Os investigadores apontam que "o prejuízo económico gerado pelo detido entre os quartos ilicitamente usufruídos e o que as imobiliárias, hotéis e proprietários deixaram de receber em consequência dos arrendamentos fraudulentos que tinha contratado ultrapassa os 300 mil euros".

A Mossos d'Esquadra tiveram conhecimento do primeiro caso a envolver o suspeito no dia 14 de fevereiro. Em causa está uma mulher que alugava uma casa através de um imobiliária e que foi contactada por um novo cliente para alugar o andar térreo do imóvel.

Os responsáveis pela imobiliária "consideraram que esta pessoa era de confiança por ser cliente da mesma imobiliária em Madrid, pelo que avançaram com o contrato".

"Antes de formalizar o arrendamento da casa por dezoito meses, o detido impôs uma condição: instalar-se ali por duas noites para se certificar do seu interesse pelo local e assim concretizar a formalização do arrendamento definitivo por mais de um ano", lê-se.

Durante um fim de semana, o homem instalou-se na casa, "fez festas e almoços com todo tipo de gente" e depois desapareceu.

"O pagamento que fez como garantia nunca foi recebido, nem as taxas que a imobiliária teve de receber pelas providências tomadas para o aluguer da residência", nota a polícia.

Dois dias depois da denúncia, os investigadores "tomaram conhecimento de um novo golpe".

Na ocasião, o suspeito "estava interessado numa vila", que pretendia alugar por um mês, pelo valor de 16.500 euros.

O homem "explicou que morava no Canadá e que havia viajado para Barcelona para receber a herança da sua mãe. Ele entregou documentação falsificada do visto, o seu perfil profissional e uma captura de tela das contas bancárias do pai, além de um documento para justificar que havia feito o depósito da reserva".

Com esses documentos, o homem instalou-se no espaço durante "semanas", sem que os donos "cobrassem o valor combinado".

Como resultado dessas denúncias e como parte da investigação, os agentes descobriram que a 4 de maio do ano passado outro golpe havia sido denunciado em Sitges com um modus operandi semelhante, "no qual um homem alugou uma casa por três dias com documentação falsa".

Para formalizar o aluguer, o homem "chegou à casa com um veículo de alto padrão e motorista particular, o que transmitiu confiança à vítima que em nenhum momento duvidou de sua honestidade. Após alguns dias, a vítima não recebeu o dinheiro e denunciou o ocorrido".

No passado dia 16 de fevereiro, "com todas as informações recolhidas durante a investigação", os agentes detiveram o homem que, após ser presente a tribunal, foi libertado.

Apenas um mês depois de ser preso, o suspeito voltou a agir.

A 13 de março, "foi denunciado um golpe que correspondia ao mesmo padrão de conduta. Um homem contatou uma imobiliária para alugar uma cobertura duplex num hotel de luxo central. O valor do aluguel mensal era de 22.400 euros e o cliente reservou-o para o ano inteiro".

Tal como em ocasiões anteriores, o homem entregou documentação falsificada e "pagou 36 mil euros a título de comissões da empresa com transferências internacionais sem nunca ir parar à conta bancária".

Após várias diligências, o suspeito foi localizado na cobertura duplex que havia alugado e foi detido, contudo, voltou a ser libertado após ser presente a tribunal.

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