Depois de lutar durante cinco meses, o bebé diagnosticado com miocardite fulminante, Boris Mollar, morreu esta terça-feira.
O menino, que estava em Cañada de Gómez, Santa Fé, precisava urgentemente de um transplante de coração.
Estava internado no Hospital Italiano de Buenos Aires, na Argentina, e na lista de prioritários para transplante, à espera que uma família tomasse a decisão mais difícil do mundo, mas esse momento nunca chegou. O menino morreu sem um novo órgão.
A situação piorou nos últimos dias, já que o transplante de coração era a sua única alternativa terapêutica. Não há outros tratamentos possíveis e, na terça-feira, o seu coração parou de bater.
Aos meios de comunicação locais, a mãe agradeceu o apoio recebido durante estes longos cinco meses em que o filho esteve internado a lutar pela vida e garantiu que continuará a sensibilizar para a importância da doação de órgãos.
“O Boris veio para nos ensinar muito. Para nos mostrar uma carência na sociedade em relação à doação de órgãos pediátricos. Ele veio mostrar-nos uma realidade que muitas famílias vivem. Continuamos para que ninguém mais precise de passar por isso, ninguém mais precisa de estar neste lugar e pelas 200 crianças que estão atualmente na lista de espera. Vamos ficar atentos porque é urgente”, afirmou Karen Scansetti.
A mulher alertou ainda para a urgência da aplicação da lei das cardiopatias congénitas, que prevê o acesso ao diagnóstico pré-natal.
"É muito importante ter um diagnóstico pré-natal. A doença cardíaca de Boris não teve tratamento desde a barriga, mas há muitas outras que têm. Ter-nos-ia nos ajudado a decidir onde, quando e em que condições ele deveria nascer".
A criança nasceu a 10 de outubro de 2022, na cidade de Cañada de Gómez, em Santa Fé, de parto natural após uma gravidez "impecável". Durante a gravidez, o menor “não apresentou quaisquer sintomas” que alertassem para a presença de qualquer patologia.
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