O projeto -- 'Multinational Multipurpose Tank Transport Unit' (MRTT) -- foi registado nos Países Baixos e os aviões estão estacionados nas bases de Eindhoven e Colónia (Alemanha), mas a frota é gerida pela NATO e pode descolar oficialmente a partir de qualquer lugar do mundo.
"É importante para a União Europeia (UE), para a NATO, mas acima de tudo para a nossa segurança partilhada", defendeu Stoltenberg.
O projeto ainda está numa fase inicial, mas quando a frota estiver certificada para todas as tarefas planeadas, ficará no nível de "Full Operational Capable", com todas as capacidades operacionais.
A frota desempenhará funções como reabastecimento aéreo, transporte aéreo de pessoas e cargas e operações de retirada por motivos médicos.
Na cerimónia de lançamento do projeto, em Eindhoven, estiveram também presentes, entre outros, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, e o ministro da Defesa dos Países Baixos, Kansa Ollongren, que admitiu que o projeto pode ajudar a reduzir a dependência da NATO dos Estados Unidos.
"A Unidade Multinacional MRTT mostra como a NATO e a UE são fortes quando unem forças. Que sirva de inspiração para muitos outros projetos", sublinhou Ollongren.
Stoltenberg informou que, após a invasão russa da Ucrânia, aviões do MRTT já sobrevoaram a Polónia e, desde então, a frota tem servido para reabastecer aviões de caça que protegem o território da NATO no flanco leste.
O Luxemburgo e os Países Baixos tomaram a iniciativa deste projeto em 2016, a que se juntaram posteriormente a Bélgica, a Alemanha, a Noruega e a República Checa.
O primeiro Airbus A330 da frota MRTT chegou à base aérea de Eindhoven em junho de 2020, com a entrega da nona aeronave a ficar prevista para o próximo ano.
Leia Também: Ucrânia. NATO pede à Suíça que suspenda proibição de reexportar armas