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Justiça da Namíbia anula nacionalidade de criança filha de casal gay

O Supremo Tribunal da Namíbia anulou hoje a decisão de outra instância que concedia a cidadania ao filho de um casal homossexual, na última etapa de uma batalha legal sobre os filhos de pais homossexuais nascidos de barrigas de aluguer.

Justiça da Namíbia anula nacionalidade de criança filha de casal gay
Notícias ao Minuto

15:11 - 20/03/23 por Lusa

Mundo Namíbia

A homossexualidade ainda é ilegal na Namíbia, embora a lei da sodomia, de 1927, seja raramente aplicada na prática.

As autoridades namibianas tinham-se recusado a conceder a cidadania à jovem Yona, que nasceu de uma barriga de aluguer na África do Sul.

Phillip Lühl, um namibiano, e o seu parceiro mexicano, Guillermo Delgado, ambos arquitetos baseados na capital da Namíbia, Windhoek, foram registados na certidão de nascimento sul-africana, como os pais da criança, segundo a agência de notícias francesa AFP.

Mas no final de 2021, um tribunal da Namíbia anulou a decisão do Ministério da Administração Interna e concedeu à jovem a cidadania namibiana.

Contudo, o Governo recorreu da decisão, alegando que o nascimento não tinha sido registado junto das autoridades namibianas no prazo de um ano, como exigido por lei.

O Supremo Tribunal decidiu hoje que o tribunal tinha de facto "errado" ao conceder a cidadania namibiana ao filho do casal homossexual.

"Uma vez que o nascimento não foi registado em conformidade com a Lei da Cidadania, o Supremo Tribunal não tinha jurisdição para conceder a cidadania", lê-se na decisão. "O ministro tinha razão em não conceder a cidadania ao filho menor por descendência", acrescentou o tribunal.

Phillip Lühl e Guillermo Delgado disseram, entretanto, em comunicado que estavam "desapontados" com a inversão da decisão e recordaram que o poder judicial "é suposto tomar decisões no melhor interesse da criança".

A África do Sul é o único país africano a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, desde 2006.

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