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Presidente da África do Sul adverte contra desordem e anarquia no país

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa advertiu hoje contra a "desordem" e "anarquia" no país, em alusão ao protesto nacional anunciado pelo líder de oposição de esquerda radical, Julius Malema, na próxima semana.

Presidente da África do Sul adverte contra desordem e anarquia no país
Notícias ao Minuto

20:36 - 16/03/23 por Lusa

Mundo África do Sul

O chefe de Estado sul-africano, que falava à margem da visita de Estado ao país da sua homóloga tanzaniana, Samia Suluhu Hassan, considerou que a única via para a mudança de regime na África do Sul será através de eleições e não por meio de uma "insurreição" contra o poder instalado do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) há quase três décadas.

"A mudança de regime só pode acontecer pelo voto, não pode acontecer pela anarquia ou desordem no país", declarou à imprensa o Presidente da República.

"Reunimos quarta-feira com o nosso grupo de aconselhamento sobre segurança e eles irão defender o nosso povo de qualquer tentativa planeada para desestabilizar o país", salientou.

O grupo de aconselhamento do chefe de Estado e do executivo sul-africano, que se reuniu em Pretória, anunciou também hoje a ativação de "planos de contingência" e o "reforço" de meios da polícia e de segurança.

A ministra da Defesa da África do Sul, Thandi Modise, afirmou que o exército está em "prontidão".

O ex-político do ANC e atual líder do partido de esquerda radical Economic Freedom Fighters (EFF), Julius Malema, na oposição, anunciou uma "paralisação total" da economia mais desenvolvida do continente na próxima segunda-feira.

O líder do EFF disse estar a organizar manifestações em todo o país para protestar contra "o corte de eletricidade na segunda-feira", instando simultaneamente à "renúncia do cargo do Presidente Cyril Ramaphosa".

Na quarta-feira, o secretário-geral do ANC, Fikile Mbalula, salientou que os dirigentes do EFF devem ser "responsabilizados pessoalmente" por qualquer morte ou destruição que ocorra na ação de protesto.

Em declarações ao diário sul-africano Citizen, Ndzipo Khalipa, ex-responsável da área de infraestruturas na anterior governação do ANC na municipalidade de Ekurhuleni, leste de Joanesburgo, relembrou hoje que o ano de 1985 foi marcado por ações de desestabilização convocadas pelo ANC "para tornar o país ingovernável e o [regime de segregação racial] 'apartheid' inviável".

"Quando a administração democrática assumiu o poder depois de 1994, não houve oportunidade de lidar com campanhas que envolviam vigilantismo e ingovernabilidade", salientou.

Leia Também: Acordo põe fim a greve de funcionários públicos da saúde na África do Sul

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