Na declaração, o Conselho saúda a iniciativa do representante especial da ONU para a Líbia, o senegalês Abdoulaye Bathily, que a anunciou em fevereiro para tentar tirar o país da crise em que mergulhou desde a revolta de 2011.
Na ocasião, Bathily observou que o painel terá como objetivo facilitar a adoção de uma estrutura legal e um roteiro com prazos para a realização de eleições em 2023.
As eleições presidenciais e legislativas líbias, inicialmente previstas para dezembro de 2021, foram adiadas por tempo indeterminado devido a divergências persistentes, sobretudo relativas à base legal dos escrutínios e a presença de candidatos controversos.
A Líbia atravessa uma crise política grave desde a revolta de 2011 que levou à queda de Mouammar Kadhafi, no poder durante 42 anos de ditadura.
Dois Governos disputam o poder, um instalado em Tripoli e reconhecido pela ONU, e outro apoiado pelo homem forte da região leste do país, o marechal Khalifa Haftar.
Face às acusações de ingerência por parte de alguns elementos políticos na Líbia, Abdoulaye Bathily garantiu que a sua proposta não foi uma "solução imposta pelo estrangeiro" e que o "roteiro claro" que deve ser estabelecido a partir de meados de junho "não depende" dele.
Se o calendário for respeitado, "será possível organizar as eleições até ao final do ano", acrescentou o enviado da ONU.
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