"Não vamos perdoar". Ataque a teatro de Mariupol foi há um ano

Tropas russas bombardearam o teatro, apesar de ter "CRIANÇAS" escrito no exterior. Estima-se que cerca de 600 pessoas tenham morrido.

Notícia

© Reuters

Notícias ao Minuto
16/03/2023 08:49 ‧ 16/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Foi há um ano que as tropas russas atacaram com mísseis o teatro de Mariupol, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. Na altura, segundo estimam as autoridades ucranianas, estariam até 1.200 civis abrigados no edifício devido aos bombardeamentos. Cerca de 600 morreram. 

Uma semana antes do ataque, o cenógrafo do teatro decidiu escrever “CRIANÇAS” em russo com tinta branca no exterior do teatro, numa tentativa de avisar as tropas de que ali estavam abrigadas crianças e evitar um bombardeamento. Segundo imagens captadas pela Maxar Technologies, era possível ler as palavras mesmo a partir de satélites.

Esta quinta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinalou o aniversário do ataque e garantiu que a Ucrânia não irá “perdoar uma única vida destruída pelos ocupantes”.

“Há um ano, a Rússia lançou deliberada e brutalmente uma poderosa bomba sobre o Teatro Dramático no centro de Mariupol. Ao lado do edifício estava a inscrição ‘Crianças’, que era impossível de ignorar. Centenas de pessoas escondiam-se dos bombardeamentos ali”, começou por referir numa publicação nas redes sociais.

Zelensky garantiu que o país está a “avançar no sentido de assegurar que o Estado terrorista seja plenamente responsabilizado pelo que fez” à Ucrânia e ao povo ucraniano.

“Não vamos perdoar uma única vida destruída pelos ocupantes. Recordamos todos aqueles cujas vidas foram ceifadas pelo terror russo”, asseverou.

No final de dezembro, um assessor do presidente da Câmara de Mariupol, Andryushchenko, (que foi remetido ao exílio na sequência da tomada russa da cidade), revelou que as tropas russas começaram a demolir o teatro.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: AO MINUTO: 9 países enviam Leopard; Ucrânia impede 75 ataques em 24h

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas