Jornalistas gregos em greve por causa de acidente ferroviário
As rádios e televisões da Grécia estão hoje sem notícias devido a uma greve de 24 horas dos jornalistas gregos, solidários com os protestos generalizados após o acidente ferroviário que matou 57 pessoas em fevereiro.
© Reuters
Mundo Grécia
Segundo a Agência France Presse, que cita o Sindicato dos Jornalistas, a greve está a afetar sobretudo os meios audiovisuais, a maioria dos portais de notícias e a imprensa escrita.
"Os jornalistas unem-se à voz da sociedade grega e do movimento sindical" para "exigir reais responsabilidades pelo 'crime' de Tempe" (local do acidente), disse em comunicado a Confederação Grega de Editores (POESY, sigla em grego).
O organismo pede também "o fim das pressões exercidas contra os jornalistas, pelos proprietários dos grupos de comunicação social" e apela aos profissionais a trabalharem no sentido de se "descobrirem as verdadeiras causas do trágico acidente" que abalou o país.
Os jornalistas pedem igualmente "acordos coletivos" e denunciam situações de "salários baixos" provocados pela "desregulamentação do setor (da comunicação social) durante a crise financeira" da última década.
A greve dos jornalistas ocorre um dia depois da greve geral, de 24 horas, convocada pelos sindicatos do setor privados e do setor público no contexto dos protestos que eclodiram desde a catástrofe do passado dia 28 de fevereiro e que "demonstrou graves problemas" nos transportes ferroviários.
Na quarta-feira passada, cerca de 65 mil pessoas juntaram-se em protestos nas ruas de Atenas e em outras cidades da Grécia.
Vários setores da sociedade grega estão em conflito com o Governo conservador no poder há quatro anos assim como se mostram críticos em relação aos Executivos anteriores, que acusam de negligência na modernização dos caminhos de ferro.
Leia Também: Grécia. Mais de 15 mil pessoas protestam após acidente mortal de comboio
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com