Segundo a Agência France Presse, que cita o Sindicato dos Jornalistas, a greve está a afetar sobretudo os meios audiovisuais, a maioria dos portais de notícias e a imprensa escrita.
"Os jornalistas unem-se à voz da sociedade grega e do movimento sindical" para "exigir reais responsabilidades pelo 'crime' de Tempe" (local do acidente), disse em comunicado a Confederação Grega de Editores (POESY, sigla em grego).
O organismo pede também "o fim das pressões exercidas contra os jornalistas, pelos proprietários dos grupos de comunicação social" e apela aos profissionais a trabalharem no sentido de se "descobrirem as verdadeiras causas do trágico acidente" que abalou o país.
Os jornalistas pedem igualmente "acordos coletivos" e denunciam situações de "salários baixos" provocados pela "desregulamentação do setor (da comunicação social) durante a crise financeira" da última década.
A greve dos jornalistas ocorre um dia depois da greve geral, de 24 horas, convocada pelos sindicatos do setor privados e do setor público no contexto dos protestos que eclodiram desde a catástrofe do passado dia 28 de fevereiro e que "demonstrou graves problemas" nos transportes ferroviários.
Na quarta-feira passada, cerca de 65 mil pessoas juntaram-se em protestos nas ruas de Atenas e em outras cidades da Grécia.
Vários setores da sociedade grega estão em conflito com o Governo conservador no poder há quatro anos assim como se mostram críticos em relação aos Executivos anteriores, que acusam de negligência na modernização dos caminhos de ferro.
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