O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, contou inadvertidamente na segunda-feira que Jimmy Carter pediu-lhe para fazer a sua eulogia quando morrer, revelando um pouco sobre o estado de saúde do antigo presidente.
Biden mencionou o pedido durante um evento de angariação de fundos na Califórnia e referiu também que já teve oportunidade de contactar com Carter.
"Eu passei tempo com Jimmy Carter, pude finalmente matar saudades com ele. Eles [os médicos] encontraram forma de o manter vivo mais tempo do que anteciparam, encontraram um avanço", acrescentou.
As palavras de Joe Biden surgem depois de o Carter Center, a fundação fundada pelo antigo líder, ter revelado que Jimmy Carter tinha optado por deixar de ser alvo de intervenções médicas e pretendia receber cuidados paliativos em casa.
“Após uma série de curtas estadias hospitalares, o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, decidiu passar o tempo que lhe resta em casa com a sua família e receber cuidados hospitalares em vez de uma intervenção médica adicional. Ele tem o apoio total da sua família e da sua equipa médica”, afirmou o centro.
Carter foi o 39.º presidente dos EUA, tendo ocupado o cargo entre 1977 e 1981. Com 98 anos, o ex-presidente norte-americano vivo mais velho de sempre, superando o recorde de George H.W. Bush, que morreu em 2018 com 94 anos.
Com 98 anos, o político revelou em 2015 que foi descoberto um cancro no fígado, que se tinha espalhado para o cérebro. Em 2019, uma nova série de sustos de saúde obrigaram-no a ser submetido a uma nova cirurgia, para retirar pressão no seu cérebro.
Segundo avançou a CNN Internacional, Joe Biden tem sido mantido a par recorrentemente sobre as questões de saúde de Jimmy Carter, mantendo pelo antigo presidente uma profunda admiração pessoal e política (quando Carter assumiu a presidência, Biden era um jovem senador do estado do Delaware).
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