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Compactuar com interesses dos EUA? Lavrov avisa ex-repúblicas soviéticas

Sobre os protestos recentes na Geórgia, Sergei Lavrov considerou que são algo "muito semelhante à revolução Maidan" ucraniana de 2014.

Compactuar com interesses dos EUA? Lavrov avisa ex-repúblicas soviéticas
Notícias ao Minuto

16:29 - 10/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu esta sexta-feira os aliados da antiga União Soviética acerca dos perigos de alinhamento com os Estados Unidos, após Moscovo ter denunciado aquilo que referiu ter sido uma tentativa de golpe apoiada pelo Ocidente na Geórgia - "semelhante" à revolução Maidan na Ucrânia, em 2014.

"Parece-me que todos os países localizados à volta da Federação Russa deveriam tirar as suas próprias conclusões sobre como é perigoso enveredar pelo caminho do envolvimento com a zona de responsabilidade dos Estados Unidos, a sua zona de interesses", considerou Lavrov, em declarações à televisão estatal russa, aqui citado pela agência Reuters.

Em Tbilisi, milhares de georgianos saíram à rua, durante três noites consecutivas, para protestar contra o que diziam ser uma lei de inspiração russa contra "agentes estrangeiros", que se apresentava como uma ameaça à proposta do país de estreitar os laços com a Europa.

"É muito semelhante à revolução Maidan, em Kyiv", argumentou o governante russo, fazendo referência à iniciativa que, em 2014, levou ao derrube de um presidente pró-russo na Ucrânia.

As declarações proferidas por aquele que se apresenta como o principal diplomata russo revelam o nível de nervosismo de Moscovo pelo enfraquecimento da sua autoridade nas antigas repúblicas soviéticas. 

A guerra na Ucrânia, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, tirou já a vida a, pelo menos, 8.000 civis, com outros 13.000 a terem ficado feridos, segundo dão conta os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, lançou a ofensiva com base na justificação de que se trataria de uma alegada batalha existencial contra o Ocidente, em nome do futuro da Rússia - e, também, destas ex-repúblicas soviéticas.

No que diz respeito a estes países, Estados Unidos, União Europeia e NATO argumentam estarem apenas, de um modo legítimo, a construir laços com países que se tornaram independentes após a queda da União Soviética.

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