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Seis soldados peruanos morrem afogados ao fugir de manifestantes

Seis soldados peruanos morreram afogados depois de terem sido arrastados por um rio, quando fugiam, no domingo, de um grupo de manifestantes antigovernamentais na região sul de Puno, junto à fronteira com a Bolívia.

Seis soldados peruanos morrem afogados ao fugir de manifestantes
Notícias ao Minuto

06:51 - 07/03/23 por Lusa

Mundo Peru

Os corpos dos cinco soldados desaparecidos foram localizados na segunda-feira, elevando o número de mortos para seis, indicou, na segunda-feira, o Ministério da Defesa peruano.

"Com a localização dos restos mortais (...) os esforços de busca e resgate foram concluídos", disse o Ministério, nas redes sociais.

Os militares faziam parte de uma patrulha, que se deslocava da localidade de Ilave para Juli, onde os manifestantes incendiaram no sábado uma esquadra da polícia, quando foram intercetados por um grupo violento que impediu a passagem, referiu o Comando Conjunto das Forças Armadas do Peru, em comunicado.

A patrulha decidiu fazer um percurso alternativo e atravessar o rio Ilave para evitar o confronto, mas, "devido às dificuldades, ao caudal do rio e a um ataque com pedras e outros objetos contundentes", seis soldados foram arrastados pela corrente, acrescentou.

Outros cinco soldados encontram-se internados no hospital de Ilave com hipotermia, em estado estável.

Vídeos transmitidos por estações de televisão locais mostram grupos de manifestantes a carregar, vestir e alimentar soldados que tinham sido resgatados do rio e tremiam de frio.

Samuel Canazas, pai de um dos soldados mortos, disse ao jornal peruano La República que "a culpa foi da Presidente usurpadora Dina Boluarte".

A região de Puno, onde se situam Juli e Ilave, mantém bloqueios de estradas e greves desde janeiro, quando os habitantes saíram às ruas para exigir a renúncia de Boluarte, no âmbito de manifestações durante as quais morreram 18 pessoas na cidade vizinha de Juliaca.

O governo de Boluarte declarou estado de emergência em Puno, onde o controlo da ordem interna está a cargo das Forças Armadas peruanas, com o apoio da Polícia peruana.

Puno é a única província onde ainda prosseguem os protestos contra Boluarte, que substituiu o ex-chefe de Estado Pedro Castillo, em prisão preventiva desde dezembro, depois de ter sido acusado de tentativa de golpe de Estado.

Os manifestantes exigem a libertação de Castillo, a antecipação das eleições, a dissolução do parlamento e a convocação de uma assembleia constituinte.

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