"Sonho". Ucraniana na Polónia quer tirar a carta para ir buscar a mãe

Tetiana, a viver em Lodz, já foi à escola de condução para começar as aulas e finalmente conseguir tirar a carta - tendo já chumbado anteriormente. "Espero que o meu sonho se torne realidade e vou buscá-la no meu próprio carro", sublinhou.

Notícia

© Reuters

Notícias ao Minuto
28/02/2023 14:34 ‧ 28/02/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Ao contrário de milhões de ucranianos que fugiram para a Polónia na primavera passada, Tetiana Harkusha, de 27 anos, fez o caminho inverso. A viver em Lodz, na Polónia na altura em que a guerra na Ucrânia começou, a mulher apanhou um autocarro para regressar a Chernihiv - cidade de onde é natural - na esperança de conseguir ajudar os pais.

De regresso à Polónia, um ano depois do começo do conflito, Tetiana começou um novo esforço: tirar a carta de condução para ir buscar a mãe que ainda se encontra na Ucrânia.

"Quero mesmo tirar a carta de condução porque sei que a minha mãe não poderá vir de autocarro. É uma viagem de 24 horas", contou, em declarações à Reuters, divulgadas esta terça-feira.

Tetiana já foi à escola de condução para começar as aulas e finalmente conseguir tirar a carta - tendo já chumbado anteriormente. "Espero que o meu sonho se torne realidade e vou buscá-la no meu próprio carro", sublinhou.

Chernihiv esteve na linha da frente da invasão russa em grande escala que começou a 24 de fevereiro de 2022. No final de março, as forças russas cercaram a cidade, que bombardearam com intensidade.

A mulher foi entrevistada pela Reuters no ano passado, pouco depois do começo da guerra, onde tinha dado conta que os pais não tinham água, eletricidade, rede móvel, "nada". "É assim que têm vivido durante três semanas", descreveu, na altura.

Um ano após a guerra, Tetiana chora não só a destruição da cidade em que cresceu, mas também a morte do seu pai. A sua morte, "tem sido mais difícil do que a guerra".

"Há dois anos atrás, disse que nunca conduziria um carro", mas agora, com a mãe sozinha, a mulher quer trazê-la para perto dela.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Rússia aberta a negociações, mas "nunca comprometerá novos territórios"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas