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Presos no ataque estão a ser "tratados como terroristas", diz Bolsonaro

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou que a justiça está a tratar "como terroristas" as cerca de 900 pessoas que permanecem em prisão devido ao ataque às sedes dos três poderes em Brasília.

Presos no ataque estão a ser "tratados como terroristas", diz Bolsonaro
Notícias ao Minuto

21:28 - 27/02/23 por Lusa

Mundo Bolsonaro

"No Brasil, tudo passou a ser 'fake news', atentado contra o Estado Democrático de Direito (...) Vão completar dois meses com 900 pessoas presas, tratadas como terroristas", afirmou Bolsonaro, durante um evento no estado norte-americano da Florida.

"Não foi mostrado, quando foram presas, um canivete sequer com elas e estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós", frisou.

O ex-presidente brasileiro brincou ainda com o facto de apelidarem os ataques de "capitólio brasileiro", numa referência ao ataque ocorrido no dia 06 de janeiro de 2021, em Washington, no qual apoiantes do ex-presidente norte-americano Donald Trump protestavam contra o resultado da eleição presidencial vencida por Joe Biden.

"Quem está preso aqui no Capitólio americano? A grande maioria está solta, está respondendo ao devido processo. No Brasil não".

"A grande maioria não estava sequer na Praça dos Três Poderes naquele fatídico domingo", disse, sem apresentando quaisquer provas que corroborassem estas afirmações.

O antigo presidente, que solicitou um visto turístico que lhe permitiria permanecer mais seis meses nos EUA, foi incluído na lista do Supremo Tribunal das pessoas sob investigação por alegadamente "incitar" os seus seguidores mais radicais a atacar instituições.

O capitão reformado do exército tem tentado distanciar-se das acusações, enquanto as autoridades brasileiras têm vindo a apertar o cerco contra si.

Primeiro, um projeto de decreto presidencial para um golpe foi encontrado na casa do seu antigo ministro da Justiça Anderson Torres, preso pela sua alegada "omissão" no assalto à capital do país como secretário de segurança de Brasília.

O texto, não assinado por Bolsonaro, teria permitido a intervenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a anulação dos resultados eleitorais.

Em segundo lugar, o testemunho de um senador que denunciou um bizarro golpe de Estado envolvendo Bolsonaro, incluindo um plano de conspiração contra o presidente do TSE e juiz do Supremo Tribunal, Alexandre de Moraes, está a ser investigado.

As investigações estão em curso desde 08 de janeiro, quando uma multidão de radicais invadiu e destruiu os edifícios presidenciais, do Congresso e do Supremo Tribunal em Brasília, numa tentativa de golpe contra Luiz Inácio Lula da Silva.

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