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Netanyahu aprova 7.000 novas casas em assentamentos na Cisjordânia

O Governo de Israel liderado por Benjamin Netanyahu concedeu aprovação para mais de 7.000 novas casas em assentamentos judaicos na Cisjordânia, denunciou esta quinta-feira um grupo opositor desta medida polémica, que tem sido criticada pela comunidade internacional.

Netanyahu aprova 7.000 novas casas em assentamentos na Cisjordânia
Notícias ao Minuto

23:43 - 23/02/23 por Lusa

Mundo Israel

A decisão surge poucos dias depois do Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado uma declaração onde criticou fortemente a construção de assentamentos israelitas em terras ocupadas reivindicadas pelos palestinianos, noticiou a agência Associated Press (AP).

Os Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel, bloquearam o que teria sido uma resolução juridicamente vinculativa ainda mais dura, com diplomatas a adiantarem que receberam garantias israelitas de abstenção de atos unilaterais durante seis meses.

As novas aprovações ocorreram durante uma reunião de dois dias que terminou esta quinta-feira e parecem contradizer as garantias israelitas.

O Peace Now, um grupo de vigilância anti-assentamentos, que participou na reunião, adiantou que um comité de planeamento concedeu aprovações para cerca de 7.100 novas unidades habitacionais em toda a Cisjordânia.

O grupo acrescentou que o comité agendou uma reunião para o próximo mês, para discutir planos para desenvolver uma área estratégica a leste de Jerusalém conhecida como 'E1'.

No passado, os EUA bloquearam o projeto, que dividiria em grande parte a Cisjordânia e que, segundo os críticos, tornaria impossível estabelecer um Estado palestiniano viável ao lado de Israel.

Lior Amichai, diretor do Peace Now, referiu que cerca de 5.200 unidades habitacionais estão nos estágios iniciais de planeamento, enquanto o restante foi aprovado para construção a curto prazo.

A construção foi aprovada em quatro postos avançados não autorizados, sublinhou Amichai.

No início desta semana, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu destacou que este tinha prometido não legalizar mais postos avançados irregulares, promessa feita depois de legalizar retroativamente 10 postos avançados existentes, no início deste mês.

O governo israelita está "a cuspir na cara dos EUA, apenas alguns dias depois de anunciar que se comprometeram com eles de que não haveria avanço de assentamentos num futuro próximo", frisou ainda o Peace Now.

Esta construção planeada poderá aumentar as tensões já elevadas após um ataque militar israelita que matou 10 palestinos na cidade de Nablus, na Cisjordânia, na quarta-feira.

A comunidade internacional, juntamente com os palestinianos, consideram a construção de assentamentos ilegal ou ilegítimos um obstáculo à paz.

Mais de 700.000 israelitas agora atualmente na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental - territórios capturados por Israel em 1967 e desejados pelos palestinianos para um futuro Estado independente.

O novo Governo de coligação de Netanyahu, o mais à direita da história de Israel, que assumiu o cargo no final de dezembro, é dominado por políticos religiosos e ultranacionalistas com laços estreitos com o movimento dos assentamentos.

Leia Também: Cisjordânia. Nablus paralisada por greve contra ataque israelita

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