China abre as fronteiras a condutores de Macau

Os detentores de cartas de condução de Macau, incluindo os residentes permanentes de nacionalidade estrangeira, vão poder conduzir na China continental a partir de 16 de maio, anunciaram hoje as autoridades.

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Lusa
20/02/2023 04:25 ‧ 20/02/2023 por Lusa

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China

O diretor dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, confirmou à Lusa que a dispensa de exame para o reconhecimento das cartas de condução de Macau inclui os residentes que não tenham a nacionalidade chinesa.

Mais de 2.200 pessoas que viviam em Macau nasceram em Portugal, segundo os resultados finais do Censos 2021.

Por outro lado, a última estimativa dada à Lusa pelo Consulado-geral de Portugal na região administrativa especial chinesa apontava para 170 mil portadores de passaporte português entre os residentes em Macau e em Hong Kong, sendo que o regime jurídico chinês não reconhece a dupla nacionalidade.

O acordo de reconhecimento recíproco de cartas de condução, divulgado hoje num comunicado conjunto com o Ministério da Segurança Pública chinês, foi assinado a 15 de fevereiro, mas só entra em vigor a 16 de maio.

Lam Hin San disse, numa conferência de imprensa, acreditar que a medida poderá "beneficiar mais de 200 mil titulares de cartas de condução de Macau" e que "haverá muitos jovens que se irão inscrever para testes de carta de condução".

Quanto aos residentes da China continental, poderão conduzir automóveis ligeiros em Macau durante 14 dias sem qualquer restrição, devendo depois fazer um registo gratuito junto da Polícia de Segurança Pública para continuar a conduzir durante até um ano.

O diretor da DSAT disse que a medida irá facilitar visitas familiares transfronteiriças e promover a integração da Grande Baía, um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

Lam Hin San desvalorizou ainda preocupações quanto a um eventual aumento do trânsito em Macau, que recebe todos os anos milhões de turistas chineses, defendendo que "poucos visitantes" irão optar por conduzir na região administrativa especial.

Leia Também: Chefe do Governo de Macau anuncia visita a Portugal

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