Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
23º
MIN 15º MÁX 23º

Terramoto. Presidente sírio agradece ajuda dos "irmãos árabes"

O presidente sírio, Bashar al-Assad, agradeceu esta quinta-feira aos "irmãos árabes" pela ajuda prestada após o devastador terramoto que levou vários países da região a quebrar anos de silêncio diplomático com Damasco.

Terramoto. Presidente sírio agradece ajuda dos "irmãos árabes"
Notícias ao Minuto

23:53 - 16/02/23 por Lusa

Mundo Terramoto

Após a tragédia humanitária, Al-Assad recebeu telefonemas de vários países árabes, alguns dos quais tinham cortado relações com o regime sírio há mais de uma década, devido à repressão às manifestações populares em 2011, que resultaram numa guerra civil que perdura.

Cerca de 120 aviões carregados com ajuda também aterraram nos aeroportos do país, cerca de metade destes dos Emirados Árabes Unidos, o primeiro país do Golfo a restabelecer relações com Damasco ao reabrir a sua embaixada em 2018.

"Não podemos deixar de agradecer a todos os países que estiveram ao nosso lado desde as primeiras horas do desastre entre os nossos irmãos e amigos árabes", sublinhou o Presidente sírio, durante um discurso televisionado citado pela agência France-Presse (AFP).

"A assistência teve um grande impacto no fortalecimento da nossa capacidade de lidar com as difíceis condições, durante estas horas críticas", acrescentou.

Até ao momento, estão confirmadas cerca de 5.000 vítimas mortais na Síria devido aos terramotos.

Devido à guerra civil, que dura há mais de uma década, quase meio milhão de pessoas morreram, tendo também destruído infraestruturas e desalojado milhões de pessoas.

"A escala do desastre e as tarefas perante nós excedem em muito os meios disponíveis", frisou Assad, acrescentando que o país ainda enfrentará enormes desafios sociais e económicos.

Bashar al-Assad viu-se diplomaticamente isolado após o início da guerra civil, principalmente entre os países árabes, e no final de 2011, a Síria foi excluída da Liga Árabe.

Os esforços para ajudar este país foram liderados por Abu Dhabi, que ajudou a quebrar o seu isolamento. Vários outros países árabes delinearam uma abertura para Damasco após o terremoto.

A Arábia Saudita enviou dois aviões transportando ajuda para a Síria desde terça-feira, depois de suspender voos durante mais de uma década.

Bashar al-Assad também se reuniu com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Emirados e da Jordânia em Damasco, e recebeu telefonemas dos líderes do Egito, Bahrein e Jordânia.

Na terça-feira, o secretário-geral da ONU lançou um apelo humanitário de 397 milhões de dólares (369,3 milhões de euros) para ajudar a população síria por três meses, na sequência dos sismos.

Também esta quinta-feira o diplomata português lançou um apelo humanitário de 1.000 milhões de dólares (940 milhões de euros) para apoiar a população da Turquia a enfrentar as consequências dos devastadores terramotos no país.

De acordo com o líder das Nações Unidas, as "necessidades são enormes" e "não há tempo a perder", neste país que abriga o maior número de refugiados do mundo e "há anos demonstra enorme generosidade com os seus vizinhos sírios".

Pelo menos 36.187 pessoas morreram e outras 108.000 ficaram feridas na Turquia após os dois fortes sismos que atingiram o país, declarou hoje a agência de gestão de emergências e desastres da Turquia (AFAD).

Leia Também: Balanço de mortes após sismo na Turquia e Síria supera os 41 mil

Recomendados para si

;
Campo obrigatório