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Jornalista dissidente que tinha fugido da Bielorrússia vai a julgamento

Em causa está Raman Pratasevich, que dirigia o canal da Nexta na rede social Telegram. A sua namorada foi já condenada a seis anos de prisão por incitamento ao ódio.

Jornalista dissidente que tinha fugido da Bielorrússia vai a julgamento
Notícias ao Minuto

16:15 - 16/02/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Bielorrússia

Um tribunal bielorrusso deu início, esta quinta-feira, ao julgamento de um jornalista dissidente detido há quase dois anos, após um avião da Ryanair que viajava de Atenas, na Grécia, para Vilnius, na Lituânia, ter sido desviado pelas autoridades de Minsk, reporta a Associated Press.

Em causa está Raman Pratasevich, que dirigia o canal da Nexta na rede social Telegram. Nessa viagem, seguia acompanhado da namorada, tendo ambos sido detidos em maio de 2021.

As detenções suscitaram indignação internacional, visto que o voo em que seguiam foi forçado a aterrar na capital bielorrussa devido a uma alegada ameaça de bomba.

Os Estados Unidos e a União Europeia denunciaram o desvio da ligação aérea como se tratando de um "sequestro" - tendo, consequentemente, apresentado duras sanções contra o governo de Alexander Lukashenko.

De recordar que o canal de Roman Protasevich no Telegram tratou-se de uma das principais fontes de informação no decorrer dos protestos em massa na Bielorrússia contra a reeleição de Lukashenko, em agosto de 2020. Na ótica dos países ocidentais, em causa está um escrutínio que terá sido amplamente manipulado. 

Esta quinta-feira, o Tribunal Regional de Minsk deu início ao julgamento de Pratasevich, que tinha sido colocado em prisão domiciliária após ter passado um mês na prisão, logo após o voo ter sido desviado. Isto porque o jornalista pareceu disposto a cooperar com as autoridades, tendo até criticado a oposição em entrevistas à televisão estatal.

A namorada do jornalista foi já, no ano passado, condenada a seis anos de prisão, após ter sido acusada de incitamento ao ódio. Também outros dois antigos colegas de Pratasevich, também eles colaboradores da Nexta, serão julgados, ainda que se encontrem no estrangeiro. São acusados de organizarem tumultos em massa e de se envolverem em complôs para derrubar o governo, entre outras acusações.

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