O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Catástrofes (Senapred) informou hoje que dos 251 fogos ativos, 80 estavam fora de controlo. O Governo já pediu ajuda internacional.
A mesma fonte disse que há mais 24 pessoas feridas e 88 casas foram destruídas.
Um balanço anterior, na sexta-feira, dava conta da morte de 13 pessoas.
Entre elas um piloto boliviano e um mecânico chileno, quando se despenhou o helicóptero que estavam a usar para combater os incêndios.
Os fogos acontecem no meio de uma onda de calor extrema, com temperaturas próximas dos 40ºC, levando as autoridades a temer um desastre como o de 2017.
Nesse ano, um enorme incêndio florestal matou 11 pessoas, afetou cerca de 6.000, destruiu mais de 1.500 casas e devastou 467.000 hectares de terras.
O Presidente do Chile, Gabriel Boric, pediu hoje ajuda internacional para deter a grave vaga de incêndios, e disse que o seu homólogo argentino, Alberto Fernández, se ofereceu para enviar ajuda.
"Estamos a gerir o apoio de diferentes países para lidar com a emergência", disse o responsável, que na sexta-feira suspendeu as férias na Patagónia chilena para visitar as zonas afetadas.
A ministra da Administração Interna, Carolina Tohá, disse hoje numa conferência de imprensa que também tinha sido pedida ajuda a países como o México, Brasil e Espanha.
A vaga de incêndios afeta sobretudo as regiões de Ñuble, Biobío e La Araucanía, zonas de intensa atividade agrícola e florestal localizadas a 400, 500 e 700 quilómetros a sul da capital, respetivamente.
O governo chileno decretou um Estado de Exceção Constitucional de Catástrofes, que permite uma entrega mais rápida da ajuda às pessoas afetadas e a mobilização de recursos, entre outras medidas.
Segundo os serviços de meteorologia a vaga de calor deve durar até à próxima quarta-feira e irá afetar sete das 16 regiões do país.
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