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Áustria garante que vai autorizar entrada de delegação russa para OSCE

O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco garantiu hoje que o país vai autorizar a entrada dos membros da delegação russa que pretendem participar na assembleia parlamentar da OSCE, argumentando tratar-se de uma obrigação de direito internacional.

Áustria garante que vai autorizar entrada de delegação russa para OSCE

"Certamente não cometeremos nenhuma violação do direito internacional", afirmou Alexander Schallenberg, num discurso hoje feito no parlamento austríaco.

A capital austríaca vai acolher uma reunião da assembleia parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que reúne os representantes dos parlamentos nacionais de cada país membro, entre 23 e 24 de fevereiro, à qual a Rússia anunciou que vai enviar uma delegação de 10 pessoas.

A reunião do órgão da organização coincide com o primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

A posição do ministro foi apoiada pelo chanceler, Karl Nehammer, que lembrou que a Áustria tem a obrigação, como sede desta organização internacional, de conceder os vistos às delegações dos países membros.

Entre os 10 participantes russos, quatro estão na lista de sanções impostas pela União Europeia, incluindo o vice-presidente do parlamento russo, Pyotr Tolstoy, e o deputado Leonid Slutsky, que exigiu a execução imediata de prisioneiros de guerra ucranianos em Mariupol.

Segundo avançou na quinta-feira a imprensa austríaca, 81 deputados de 20 países da organização europeia pediram, em carta enviada ao Governo e ao parlamento austríaco, e a não concessão de vistos aos delegados russos.

Na carta, os deputados garantem que a participação da Rússia numa reunião que coincide com o primeiro aniversário da "invasão criminosa" da Ucrânia pode ser considerada "uma provocação".

"Não temos dúvidas de que a delegação russa usaria a assembleia como um fórum para transmitir desinformação, notícias falsas e discursos de ódio", afirmam os deputados na carta, reiterando que a Áustria deve impedir a participação de russos, como fizeram as autoridades do Reino Unido e da Polónia nas duas reuniões anteriores.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Áustria adiantou, no entanto, que a permissão de entrada só é válida para a reunião. Ir a um baile ou outro evento social" em Viena "constituiria um flagrante abuso".

A carta é assinada, entre outros, por deputados da Polónia, Ucrânia, Canadá, Alemanha, França e Reino Unido.

Criada em 1975, em plena Guerra Fria, a OSCE visa promover o diálogo entre o Ocidente o leste da Europa, mas não deve ser "um fórum incondicional", escrevem os deputados.

"Quando se trata de agressão e de vidas humanas, não há espaço para neutralidade", defendeu o embaixador ucraniano nas organizações internacionais situadas em Viena, Yevhenii Tsymbaliuk.

Leia Também: Áustria expulsa 4 diplomatas russos, incluindo dois credenciados na ONU

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