Médico norte-americano morre durante voluntariado em Bakhmut
Pete Reed "estava a ajudar ativamente na evacuação de civis ucranianos quando o seu veículo foi atingido por um míssil".
Notícias ao Minuto | 22:14 - 03/02/2023© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images
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Guerra na Ucrânia
Realiza-se, esta sexta-feira, uma cimeira entre a Ucrânia e a União Europeia (UE), a primeira desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro do ano passado. O encontro, que está marcado pela presença de responsáveis como os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula Von der Leyen e Charles Michel, respetivamente, em Kyiv, servirá para fortalecer as relações entre o país e o bloco europeu.
Temas como a eventual entrada da Ucrânia na UE, apoio militar e financeiro ou sanções deverão ser discutidos, tendo já Von der Leyen dito ontem, dia em que chegou a Kyiv, que o bloco se preparava para mais sanções à Rússia, assim como já tinha adotado mais um pacote de ajuda militar.
À medida que se aproxima um ano da invasão na Ucrânia, a Rússia continua a lançar ataques por todo o país, pairando ainda no ar a possibilidade de ameaças a outros países - que têm vindo a dar apoio a Kyiv - se concretizarem. Já na quinta-feira, o presidente da Rússia disse que tinha "com que responder" a estes países.
Boa noite! Terminamos aqui mais um acompanhamento AO MINUTO sobre o conflito na Ucrânia. Abriremos um novo registo na manhã de sábado. Obrigada por ter estado desse lado!
Comentadores de um programa de televisão russo discutiram os prós e contras de assassinar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Um excerto do programa foi divulgado pelo conselheiro do ministério dos assuntos internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, nas redes sociais.
Saiba mais aqui.
As Forças Armadas da Ucrânia revelaram, esta sexta-feira, que morreram 840 soldados russos nas últimas 24 horas, aumentando para 129.870 o total desde o início da invasão, a 24 de fevereiro. Foram ainda destruídos 3.215 (+4) tanques e 6.388 (+6) veículos armados.
Загальні бойові втрати противника з 24.02.22 по 03.02.23 орієнтовно склали / The total combat losses of the enemy from 24.02.22 to 03.02.23 were approximately pic.twitter.com/RktTZ3kQ5J
— Генеральний штаб ЗСУ (@GeneralStaffUA) February 3, 2023
Afastar a Rússia da participação em plataformas internacionais como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) não ajuda na resolução do conflito, defendeu hoje André Coelho Lima, social-democrata, deputado na assembleia deste organismo.
Aquilo que me parece, é que é preciso fazer alguma coisa para terminar o conflito na Ucrânia, que é uma invasão clara da Rússia. Mas mais do que ter uma posição para parecer bem, aquilo que importa é ter uma posição que possa eventualmente ter um sentido positivo", referiu André Coelho Lima.O deputado social-democrata respondia desta forma à agência Lusa, depois de questionado sobre se subscreveu a carta de deputados de 20 países da OSCE a exigir que a Áustria impeça a delegação russa de participar na reunião da assembleia parlamentar da organização, agendada para este mês em Viena.
O médico Pete Reed, veterano da Marinha dos Estados Unidos da América (EUA) e voluntário na Ucrânia, morreu, na quinta-feira, enquanto prestava assistência a civis em Bakhmut, na região de Donetsk. A informação foi avançada por dois grupos de ajuda médica com os quais Reed trabalhou e pela sua família.
Segundo a organização sem fins lucrativos Global Response Medicine (GRM), que o médico co-fundou em 2017, Reed, de 33 anos, estava na Ucrânia desde janeiro.
A Ucrânia começou a substituir milhões de lâmpadas convencionais por lâmpadas LED de baixo consumo, um apoio da União Europeia (UE) para ajudar o país a fazer face à escassez de energia causada pelos bombardeamentos russos. Há vários meses que as forças de Moscovo têm em curso uma campanha de ataques sistemáticos às infraestruturas energéticas da Ucrânia, para privar as pessoas de eletricidade e aquecimento em pleno inverno.
Os ataques têm provocado cortes maciços de energia em toda a Ucrânia e a UE anunciou em dezembro que tinha libertado 30 milhões de euros para financiar a compra de 30 milhões de lâmpadas LED para ajudar os ucranianos a reduzir o consumo energético.
"O programa de substituição de lâmpadas antigas por lâmpadas LED economizadoras de eletricidade começou esta semana", disse na rede social "Twitter" o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal.
Thanks to 🇪🇺, the programme to replace old light bulbs with energy-saving LED bulbs started this week. In the first 3 days, @ukrposhta has already replaced more than 750K bulbs. Next week, another 6M will be distributed in 🇺🇦 regions. Grateful to @vonderleyen for the initiative. pic.twitter.com/ZqvY7bFE0z
— Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) February 3, 2023
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta sexta-feira, que a “Ucrânia está a caminhar para o seu objetivo” e que o país já está a “falar como membro da comunidade europeia”.
No dia da 24.ª cimeira UE-Ucrânia, realizada em Kyiv e que contou com a presença de altos funcionários europeus, o chefe de Estado ucraniano afirmou que foram feitos “acordos bastantes específicos” sobre como a Ucrânia “ficará ainda mais próxima da União Europeia”.
“Esta noite podemos dizer que a Ucrânia está a caminhar para o seu objetivo. Preservámos a liberdade ucraniana. Estamos a proteger os valores da Ucrânia. E vamos alcançar os objetivos do nosso Estado. Os objetivos europeus do nosso Estado”, destacou na sua habitual comunicação diária ao país, citado pela Presidência da Ucrânia.
Os primeiros-ministros dos três países bálticos anunciaram hoje que vão solicitar a penalização da evasão e violação das sanções contra a Rússia na União Europeia (UE), indicaram em conferência de imprensa conjunta em Tallin, a capital da Estónia.
Após uma reunião do Conselho de Ministros bálticos, o primeiro-ministro letão, Krisjanis Karins, indicou serem necessárias "sanções mais duras" contra a Rússia e que se deveria penalizar "em toda a Europa" as tentativas de evasão a estas restrições.
Acrescentou que os desproporcionados fluxos comerciais com a Rússia através de países como Cazaquistão, Arménia ou Turquia demonstram que estas vias estão a ser utilizadas para contornar as sanções.
O sistema de defesa terra-ar de médio alcance MAMBA a fornecer por França e Itália permitirá à Ucrânia "defender-se dos ataques de drones, mísseis e aviões russos", indicou hoje o ministério francês da Defesa e Forças Armadas.
"O fornecimento desse sistema responde à urgência manifestada pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, aos seus homólogos francês e italiano, de proteger as populações e infraestruturas civis face aos ataques aéreos russos", acrescenta o comunicado.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu, esta sexta-feira, ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, pelo novo pacote de ajuda militar para combater a invasão russa.
Numa publicação na rede social Twitter, o chefe de Estado ucraniano destacou a importância de “reforçar as Forças de Defesa da Ucrânia”.
“Juntamente com os Estados Unidos da América, estamos contra o terror! Quanto mais longo for o alcance das nossas armas e quanto mais móveis forem as nossas tropas, mais depressa a agressão brutal da Rússia terminará”, escreveu.
Thank you @POTUS for the new $2.2 billion defense aid package. It's important to strengthen the 🇺🇦 Defense Forces. Together with 🇺🇸 we stand against terror! The more long-range our weapons are and the more mobile our troops are the sooner Russia's brutal aggression will end.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 3, 2023
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, manifestou hoje a necessidade de forte cooperação entre a Alemanha e a Itália, após um encontro em Berlim com o chanceler Olaf Scholz, e disse que visitará Kyiv em breve.
"Somos dois países unidos por laços bilaterais que se estendem a quase todos os setores, uma parceria com forte interconexão económica, duas economias complementares", disse. "A nossa cooperação é fundamental para as soluções europeias face às complexas questões destes tempos. Penso no próximo Conselho Europeu sobre a Ucrânia e na competitividade do sistema económico europeu".
Um deputado ucraniano afirmou hoje numa visita a Londres que a Ucrânia está a deslocalizar empresas para regiões seguras para conseguir gerar "o máximo de atividade económica possível", reconstruindo também o que os bombardeamemtos russos destruíram.
"Já começámos a restaurar as estradas, pontes e habitações, e temos deslocalizado as empresas para regiões mais seguras. Não queremos esperar porque não sabemos quanto tempo vamos esperar" pelo fim da guerra, afirmou Dmytro Natalukha num encontro com jornalistas na capital britânica, onde se encontra em visita.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, revelou, esta sexta-feira, que os 27 Estados-membros da União Europeia chegaram a acordo sobre o teto máximo dos produtos petrolíferos da Rússia. A medida entrará em vigor já no próximo domingo, dia 5 de fevereiro.
“Temos de continuar a privar a Rússia dos meios para travar uma guerra contra a Ucrânia. A proibição da UE à importação de produtos petrolíferos russos entra em vigor no domingo. Com o G7 estamos a impor limites máximos de preços a estes produtos, cortando as receitas da Rússia e assegurando ao mesmo tempo mercados energéticos globais estáveis”, escreveu no Twitter.
We must continue to deprive Russia of the means to wage war against Ukraine. EU’s import ban on Russian petroleum products comes into force on Sunday.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 3, 2023
With the G7 we are putting price caps on these products, cutting Russia’s revenue while ensuring stable global energy markets.
Os principais responsáveis europeus quiseram aproximar a União Europeia da Ucrânia com uma cimeira em Kyiv em que apresentaram alguns 'paliativos' ao Presidente ucraniano, que anseia pela integração o quanto antes.
Com a intensificação da ofensiva russa e a exigência por parte de Kyiv de sinais claros de que a União Europeia (UE) quer integrar a Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, deslocaram-se à capital do país que foi invadido há quase um ano para impedir a frustração das aspirações ucranianas e, em simultâneo, resfriar as ambições de Volodymyr Zelensky.
Andrei Kozyrev, o primeiro ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa após a dissolução da União Soviética, considerou, esta sexta-feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, sabe que “desencadear uma guerra nuclear é suicida”, mas tem como objetivo "intimidar e humilhar" o Ocidente.
Numa série de publicações na rede social Twitter, o ex-ministro lembrou que, tal como ele próprio, Putin fez parte dos antigos serviços secretos russos - KGB - e, por isso, “sabe que após a crise dos mísseis cubanos, o Kremlin abandonou a doutrina ilusória de ganhar uma guerra nuclear”.
Putin again threatened the West with nuclear weapons. The Biden Administration refuses to send long-range missiles and F-16 fighter jets to Ukraine.
— Andrei V Kozyrev (@andreivkozyrev) February 3, 2023
Both news broke out almost simultaneously. Coincidence? Causation. Thread of 8.
“[Putin] Herdou a realidade de uma destruição mútua em caso de conflito nuclear. Não mudou. Portanto, desencadear uma guerra nuclear é suicida. Mas ameaçá-la não é”, considerou Koryzev, que foi ministro entre 1990 e 1996, durante a presidência de Boris Yeltsin.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou, esta sexta-feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, apelidou o Ocidente de "o império das mentiras".
A declaração surgiu quando durante uma reunião do partido Rússia Unida sobre cooperação internacional, na qual Lavrov afirmou ainda que outros países confirmam que o Ocidente já "não é visto globalmente como o farol da democracia", e que "ninguém está imune" ao seu "banditismo".
"Quanto ao Ocidente, o presidente [Vladimir] Putin apropriadamente o chamou de 'império das mentiras'. O Ocidente, e isso é confirmado pelos nossos contactos, há algum tempo que não é visto globalmente como o farol da democracia. Os EUA e seus satélites da NATO minaram completamente a sua reputação de parceiros internacionais confiáveis, capazes de chegar a um acordo", começou por dizer o diplomata russo, segundo cita a agência estatal russa TASS.
Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram, esta sexta-feira, um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia no valor de 2.175 milhões de dólares [valor semelhante em euros].
O pacote incluirá sistemas de defesa antiaérea, munições para sistemas de artilharia e novas armas. Segundo o Pentágono, serão ainda enviados 250 mísseis antitanque, duas mil minas antiblindados e explosivos.
Here’s the full list of new US military aid heading to Ukraine.
— Jack Detsch (@JackDetsch) February 3, 2023
The HIMARS Ammo, artillery rounds, MRAPs and Javelins should arrive in days or weeks.
Air defense capabilities and the bottom half of the list need to be procured from weapons manufacturers, which could take months pic.twitter.com/4rLCvt0Mlm
A União Europeia (UE) e a Ucrânia concordaram hoje na necessidade de continuar a prestar apoio militar a Kyiv, e em responsabilizar a Rússia pelos crimes cometidos em território ucraniano e pela reconstrução do país.
Da cimeira entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, (em representação dos 27 Estados-membros) e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resultou uma declaração conjunta que estabelece como uma das prioridades prolongar o "apoio político e militar pelo tempo que for necessário".
"Isto incluiu uma assistência militar de 3.6 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Paz e o lançamento da Missão de Assistência Militar da UE para treinar numa primeira fase 30.000 militares em 2023", lê-se na declaração conjunta, dividida de 32 pontos.
Ukraine is a true inspiration for Europe.
— European Commission 🇪🇺 (@EU_Commission) February 3, 2023
At the 24th EU-Ukraine summit in Kyiv, leaders discussed:
🔹 Ukraine's European path
🔸 The EU's response to Russia's war
🔹 Ukraine’s initiatives for just peace
🔸 Cooperation in reconstruction
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta sexta-feira, que as tropas ucranianas irão continuar a lutar pela “fortaleza” de Bakhmut, na região de Donetsk. A batalha pela cidade no leste da Ucrânia tem sido das mais sangrentas desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.
“Ninguém vai ceder Bakhmut. Lutaremos durante o máximo de tempo possível. Consideramos Bakhmut a nossa fortaleza”, afirmou o presidente ucraniano numa conferência de imprensa, no âmbito da cimeira UE-Ucrânia, em Kyiv.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou, esta sexta-feira, que a União Europeia (UE) está a preparar o 10.º pacote de sanções contra a Rússia, na sequência da invasão da Ucrânia, e que o mesmo deverá entrar em vigor até 24 de fevereiro.
“O 10.º pacote está a caminho. Temos o objetivo de o ter em vigor até 24 de fevereiro”, disse a responsável, numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Kyiv.
“O plano é voltarmos a centrar-nos na tecnologia que pode e não deve ser utilizada pela máquina de guerra russa. Por outras palavras, procuramos aprofundar os componentes que foram encontrados, por exemplo, em mísseis, para nos certificarmos de que não há disponibilidade para a Rússia para obter estas tecnologias ou para a produção dos mísseis, por exemplo, no Irão, que estamos a acompanhar de perto”, disse.
A eurodeputada do PSD e Presidente da Juventude do Partido Popular Europeu (YEPP), Lídia Pereira, desloca-se à Ucrânia na terça-feira para se encontrar com responsáveis ucranianos e visitar cidades afetadas pela guerra, foi hoje divulgado.
Segundo um comunicado da delegação do PSD no Parlamento Europeu (PE), a eurodeputada irá debater com vários representantes locais, nomeadamente com os ministros ucranianos da Educação e da Juventude, deputados e líderes de organizações políticas de juventude, o impacto da guerra e o apoio a Kiev face à ofensiva lançada por Moscovo.
O Comité Olímpico da Ucrânia manifestou hoje a sua oposição a uma possível participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos Paris2024, bem como em outras competições internacionais.
Mais de uma centena de presidentes de federações desportivas ucranianas também concordaram na possibilidade de boicotar os Jogos Olímpicos, numa assembleia virtual, que decorreu enquanto soavam alarmes antiaéreos em todo o país.
A decisão final será tomada dentro de alguns meses, depois de conhecidas as posições das organizações desportivas e das federações internacionais, nomeadamente do Comité Olímpico Internacional (COI), que o governo ucraniano acusa de ser conivente na promoção da guerra.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sublinhou hoje, em Kiev, que o futuro da Ucrânia é na União Europeia (UE), referindo que os 27 não se deixam intimidar pela Rússia e pressionam Moscovo para acabar com a guerra.
"O futuro da Ucrânia está na UE", disse Michel, salientando ainda que "a Ucrânia é a UE e a UE é a Ucrânia", numa conferência de imprensa realizada em Kiev e difundida em diferido por razões de segurança, após a 24.ªcimeira UE-Ucrânia.
Press conference with @vonderleyen & @ZelenskyyUa https://t.co/rd27Meth4K
— Charles Michel (@CharlesMichel) February 3, 2023
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu hoje que o seu país não perderá "um único dia" no caminho rumo à adesão à União Europeia (UE). Na receção a líderes para uma cimeira da UE com a Ucrânia, em Kiev, Zelensky mostrou-se ainda totalmente determinado em tirar proveito das negociações que se irão prolongar nos próximos anos, na tentativa de colocar o seu país na UE, apesar da invasão russa em curso.
"O nosso objetivo é absolutamente claro: iniciar as negociações sobre a adesão da Ucrânia. Não desperdiçaremos um único dia no nosso trabalho para aproximar a Ucrânia e a UE", escreveu Zelensky na rede social Telegram, numa mensagem acompanhada de imagens da chegada dos líderes europeus à capital do seu país.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje que os Estados-membros fornecerão dois gigawatts de eletricidade à Ucrânia, para fazer face às quebras provocadas pelos bombardeamentos da Federação Russa a infraestruturas energéticas.
No passado, "foi a Ucrânia que exportou eletricidade" para os países da União Europeia (UE), recordou von der Leyen, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Kiev, no âmbito da cimeira entre a UE e o país que há quase um ano foi invadido pela Rússia.
"A Ucrânia necessita de eletricidade e nós vamos providenciá-la em dois gigawatts com a ajuda dos Estados-membros. Esta é a face de solidariedade da Europa que queremos mostrar", sustentou a presidente da Comissão.
O presidente do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris disse, esta sexta-feira, que a decisão sobre a eventual participação - ou não - de atletas russos e bielorrussos cabia ao Comité Olímpico Internacional.
Não está nas mãos de Paris
"Sou a favor de manter o símbolo da universalidade para os Jogos", explicou Tony Estanguet, acrescentando que a questão principal desta guerra não era sobre quem participava ou não no evento. "A prioridade não é saber quem vai participar em 2024, mas como e quando este conflito e guerra vão acabar - essa sim, vai ser a prioridade", atirou o responsável.
A União Europeia (UE) anunciou esta sexta-feira um apoio adicional de 25 milhões de euros para ajudar a desminagem de territórios da Ucrânia que estiveram temporariamente sob a alçada das forças armadas russas.
Dois comboios de camiões com ajuda humanitária para 18 mil pessoas chegaram a áreas de Donetsk e Zaporijia, que estão na linha da frente dos combates, mas permanecem sob controlo ucraniano, anunciou, esta sexta-feira, uma agência da ONU.
O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco garantiu, esta sexta-feira, que o país vai autorizar a entrada dos membros da delegação russa que pretendem participar na assembleia parlamentar da OSCE, argumentando tratar-se de uma obrigação de direito internacional.
O governo alemão aprovou, esta a sexta-feira, a entrega de tanques Leopard 1 na Ucrânia, assim como estará a negociar a compra de tanques Gepard para entregar também ao país invadido pela Rússia. As fontes governamentais citadas pela Sueddeutsche Zeitung garantem ainda que os veículos estarão prontos para entrega imediata assim que forem reparados.
"Já se verificou que Gepards foram muito bons na guerra da Ucrânia. Se conseguirmos mais aqui [Qatar], isso deve ajudar os ucranianos", terá referido o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, citado pela imprensa alemã.
Ainda de acordo com o artigo, estes tanques terão sido adquiridos por Doha para assegurar a segurança nos estádios no âmbito do Mundial de Futebol, que se realizou há alguns meses.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) avisou, esta sexta-feira, a Rússia de que tem de cumprir as suas obrigações ao abrigo do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START), assinado entre a União Soviética e os Estados Unidos. O acordo entrou em vigor em 1994, e foi prolongado até 2026, prevendo a limitação da utilização de armas estratégicas, como nucleares.
Jens Stoltenberg anunciou ainda que a Aliança notava "com preocupação" que a Rússia estava a falhar com muitas das suas obrigações.
Vemos com preocupação que a Rússia não cumpriu as obrigações legalmente vinculativas, incluindo a inspeção e pedimos à Rússia que cumpra suas obrigações sob o tratado
O alerta de ataque aéreo que tocou na Ucrânia - à margem da cimeira entre ao país e a União Europeia - já não está ativo, de acordo com o que a emissora ucraniana Suspilne reporta, citada pelo Guardian.
A Noruega anunciou, esta sexta-feira, que vai comprar 54 tanques Leopard 2 de nova geração para substituir as versões antigas. De acordo com a agência France-Press a sua frota de 36 tanques seá então renovada. Alguns destes veículos serão doados à Ucrânia, ainda que não seja conhecido o número.
#BREAKING Norway says to buy 54 new generation Leopard 2 tanks, to replace older versions pic.twitter.com/cK2hwemSGM
— AFP News Agency (@AFP) February 3, 2023
O porta-voz do Kremlin disse, esta sexta-feira, que a guerra na Ucrânia vai continuar dado que a região do Donbass "não está ainda totalmente protegida". Citado pela agência Tass, Dmitry Peskov afirmou ainda que as pessoas que vivem na zona "têm de ter proteção".
O responsável acrescentou que a segurança da Crimeia estava "garantida".
A procuradoria-geral (PGR) da Ucrânia apresentou queixa contra o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. A informação é avançada pela imprensa ucraniana, que cita um documento publicado pela PGR ucraniana, na qual Yevgeny Prigozhin será acusado de participar na invasão da integridade e inviolabilidade da Ucrânia, assim como de fazer parte da agressão contra no país.
O responsável pelo grupo de mercenários, que está a ser apontado como sucessor de Vladimir Putin, foi, de acordo com o documento, chamado para interrogatório, que ficou marcado para 13, 14 e 15 de fevereiro.
O presidente do Conselho Europeu já chegou a Kyiv, na Ucrânia, para a cimeira entre a União Europeia e os representantes ucranianos. "De volta a Kyiv para a cimeira UE-Ucrânia com Volodymyr Zelensky, Ursula Von der Leyen e Josep Borrell", escreveu numa publicação partilhada na rede social Twitter.
Sublinhado que não haverá diminuição do bloco europeu à Ucrânia, no âmbito da guerra, Charles Michel escreveu: "Também vamos ajudar-vos em cada passo do caminho até à UE"
Back in Kyiv for the EU-#Ukraine Summit with @ZelenskyyUa @vonderleyen and @JosepBorrellF
— Charles Michel (@CharlesMichel) February 3, 2023
There will be no let up in our resolve.
We will also support you every step of the way on your journey to the EU. pic.twitter.com/3fnmajrtAZ
Uma pessoa morreu, esta sexta-feira, na sequência de uma explosão num carro, em Energodar, cidade que está próxima da central nuclear de Zaporíjia. De acordo com o líder pró-russo Vladimir Rogov, as equipas responsáveis estavam a averificar o local, por forma a perceber se já explosivos na zona.
Já o presidente de Energodar explicou, numa publicação partilhada no Telegram, que a vítima era um ex-polícia ucraniano, que terá desertado para o lado das tropas russas, que controlam essa aérea, depois da anexação ilegal do território.
Segundo Dmitri Orlov, citado pelo Guardian, o homem terá sido morto no ataque devido a atividades corruptas. "Desde o início de março do ano passado e até agora, Energodar é uma cidade onde os ocupantes atuam em atividades criminosas: torturam e capturam pessoas, roubam residentes e empresas. Mas eles levam ao bolso uma parte do que recebem da Federação Russa para suprir suas necessidades. Os racistas vivos não precisam de... testemunhas. Portanto, eles continuarão a realizar "limpezas" semelhantes. E o primeiro já foi", acusou.
Há relatos de que duas a eronaves com capacidade para lançar mísseis supersónicos serão a razão para que as sirenes de ataque aéreo se ouçam em Kyiv. De acordo com o portal de notícias Glavcom, os aviões terão descolado da cidade de Machulyshchi, na região de Minsk. Os aviões pertencem, de acordo com a mesma fonte, à Força Aérea russa.
Também numa das contas de Telegram certificadas da Ucrânia esta possibilidade é assinalada. A mesma página reforço que os caças pertencem à Rússia.
Os alertas de ataque aéreo tocaram, esta sexta-feira, em Kyiv, na Ucrânia, à margem da cimeira entre a Ucrânia e a União Europeia, que se realiza na capital.
#BREAKING Air raid sirens in Kyiv before EU-Ukraine summit starts: @AFP pic.twitter.com/IyxG3vVnOn
— AFP News Agency (@AFP) February 3, 2023
A Rússia já perdeu estrategicamente a guerra com a Ucrânia, independentemente do seu desfecho, ao tornar-se "tóxica" no ocidente e sem ter ganho amigos totalmente fiéis noutras latitudes, indicou à Lusa o investigador Arkady Moshes.
A eventual derrota de Moscovo na guerra em território ucraniano poderá ajudar a Ucrânia a restabelecer a integridade territorial mas não deverá converter-se em "ameaça existencial" para a Rússia, considerou o investigador Arkady Moshes em entrevista à Lusa.
A vitória na guerra na Ucrânia é decisiva para a Rússia, mas no terreno ainda não consegue controlar as províncias anexadas, uma situação sem precedentes, indicou à Lusa o investigador Arkady Moshes.
Há quase 200 mil vítimas mortais e feridos do lado russo, de acordo com o que especialistas ocidentais, e dos Estados Unidos, contaram ao jornal The New York Times. Segundo a publicação, a maior perda da Rússia aconteceu na zona de Bakhmut, onde têm vindo a acontecer batalhas violentas nos últimos meses.
O New York Times (NYT) reforça ainda que os militares russos estão a utilizar recrutas mal treinados e antigos prisioneiros, nomeadamente, em Bakhmut, já que Moscovo vê o local como a peça-chave para conquistar a zona oriental de Donbass. Segundo o NYT, estes militares russos são considerados dispensáveis.
Um bombardeamento russo atingiu um edifício em Kherson, na Ucrânia, na madrugada desta sexta-feira. De acordo com as imagens partilhadas pela Nexta, o ataque aconteceu num armazém de fogo de artifício num centro comercial.. A Nexta não adianta se há ou não vítimas.
Veja as imagens:
There was a massive fire in #Kherson at night. According to preliminary reports, the occupiers hit a fireworks warehouse in the Epicenter shopping center. pic.twitter.com/kMdZI9Bksm
— NEXTA (@nexta_tv) February 3, 2023
Duas pessoas morreram, esta sexta-feira, na sequência de uma explosão em Kharkiv, na Ucrânia. A informação é avançada pela agência EFE, que explica que as tropas russas atacaram um edifício, e deixaram também uma pessoa com ferimanetos graves.
#ÚLTIMAHORA | Dos muertos y un herido grave en un bombardeo ruso a un edificio en Járkov. pic.twitter.com/4gMlCk87HM
— EFE Noticias (@EFEnoticias) February 3, 2023
A cimeira entre a Ucrânia e a União Europeia realiza-se, esta sexta-feira, em Kyiv, com a presença de mais de uma dezena de comissários europeus, incluindo os presidentes da Comissão Europeia (CE) e do Conselho Europeu, Ursula Von der Leyen e Charles Michel. Também o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell está na capital ucraniana, onde se realiza o encontro, desde ontem, quando chegou com Von der Leyen.
Temas como a eventual entrada da Ucrânia na UE, apoio militar, sanções e apoio financeiro deverão ser discutidos, tendo já Von der Leyen dito ontem, dia em que chegou a Kyiv, que o bloco se preparava para mais sanções à Rússia, assim como já tinha adotado mais um pacote de ajuda militar.
A líder da CE deu já ontem uma conferência de imprensa conjunta com o presidente ucraniano, na qual reforçou o apoio do bloco europeu
Toda a União Europeia está com a Ucrânia a longo prazo. E vamos defender a Ucrânia como defendemos os direitos fundamentais e a lei internacional
Os Estados Unidos vão aceder ao pedido de Kyiv e enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que prepara uma ofensiva na primavera para recuperar o território conquistado pela Rússia no ano passado, revelaram, na quinta-feira, autoridades norte-americanas.
Bom dia! Damos início esta manhã a mais um acompanhamento AO MINUTO sobre os principais acontecimentos relacionados com a guerra na Ucrânia. Pode recordar o que de mais importante se passou ontem na ligação abaixo:
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