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"As sinfonias não podem abafar barulho dos mísseis que matam ucranianos"
O conselheiro de Volodymyr Zelensky defendeu a censura de atletas e conteúdos russos, afirmando que estes só devem ser considerados quando o país por fim à invasão.
© Getty
Mundo Ucrânia/Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, defendeu, esta quinta-feira, a posição da Ucrânia a favor da censura de conteúdos russos e do afastamento de atletas russos de competições internacionais.
Para Podolyak, a questão de cancelar "cultura russa" e de "banir cantores/atletas" só pode ser posta em causa depois de haver, em primeiro lugar, uma "posição contra a guerra".
"É necessário definir os focos corretos. Primeiro, uma posição contra a guerra, remorso pelas mortos, julgamentos por crimes de guerra e depois a discussão da cultura russa", afirmou Podolyak, sugerindo que o último ponto só será possível quando a invasão for travada.
O conselheiro de Volodymyr Zelensky acrescentou ainda que "as sinfonias não podem abafar o barulho dos mísseis que matam ucranianos".
About canceling "🇷🇺 culture" & banning 🇷🇺 singers/athletes.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) February 2, 2023
It's necessary to set the right accents. First, an anti-war position, remorse for the killings, war crimes trials, and then a discussion of ru-culture. Symphonies can't drown out the roar of missiles that kill Ukrainians
As declarações de Mykhailo Podolyak surgem depois de as autoridades de Kyiv se terem mostrado frustradas com a decisão do Comité Olímpico Internacional (COI) de aceitar o regresso de atletas russos, sob a alçada de uma bandeira neutra.
Para Zelensky, o presidente ucraniano, "o COI propõe ao mundo promover a violência, o assassinato em massa, a destruição". Por outro lado, o COI assume uma posição neutral, considerando que não seria justo impedir a participação de atletas russos e bielorrussos apenas por causa da sua nacionalidade.
Quanto às questões de cultura russa, têm sido várias as ocasiões em que artistas clássicos russos e as suas obras passaram a ser censurados por instituições um pouco por todo o mundo, com sinfonias de compositores como Tchaikovsky ou Rachmaninoff a serem cancelados, e livros de Tolstói e Dostoiévski a serem afastados das livrarias.
Leia Também: Zelensky critica COI sobre participação de atletas russos em competições
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