Estados vizinhos do Chade e ONU anunciam 461 milhões para defender civis

Os Estados que fazem fronteira com o lago Chade e doadores internacionais, incluindo a ONU, anunciaram uma ajuda de mais de 500 milhões de dólares (461 milhões de euros) para proteger milhões de civis ameaçados por grupos terroristas.

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Lusa
27/01/2023 16:43 ‧ 27/01/2023 por Lusa

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Chade

"Estados-membros e doadores institucionais anunciaram a alocação de mais de 500 milhões de dólares para apoiar uma resposta regional abrangente, complementar e coordenada à crise na região do lago Chade", lê-se num comunicado citado pela agência France-Presse, após uma reunião esta semana em Niamey, Níger.

Os participantes reuniram-se para "permitir um retorno mais rápido à paz" e "fortalecer a resiliência de mais de 24 milhões de pessoas" afetadas pela crise na região.

Os Estados que fazem fronteira com o lago Chade - Níger, Nigéria, Camarões e Chade - e a comunidade internacional já se tinham reunido em Oslo, em 2017, e depois em Berlim, em 2018, para mobilizar fundos.

Em Berlim, foram prometidos mais de 2,17 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros) para ações humanitárias e para a "consolidação da paz".

No entanto, a Organização das Nações Unidas estimou que as "necessidades de financiamento" para intervenções de "emergência" na região aumentaram em 259 milhões de dólares (238,83 milhões de euros) desde 2018.

Os efeitos da pandemia de covid-19 e o impacto das alterações climáticas "exacerbaram, entretanto, a situação humanitária" e 5,3 milhões de pessoas continuam deslocadas, explicou a ONU.

"Foram feitos esforços", mas devido "à deterioração acelerada das condições de vida", as intervenções "parecem estar muito longe da realidade das necessidades", declarou o ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros, Hassoumi Massoudou, citado na nota.

"Se não abordarmos as causas profundas da crise, não seremos capazes de curar as feridas da região", alertou a subsecretária-geral da ONU para os Assuntos Humanitários e vice-coordenadora de ajuda de emergência, Joyce Msuya.

A bacia do lago Chade tornou-se o foco da violência do Boko Haram e do grupo extremista Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP).

Níger, Nigéria, Chade e Camarões lançaram, em julho de 2015, a Força Mista Multinacional (FMM), com 8.500 homens, para lutar contra os grupos terroristas armados.

A insurgência do grupo terrorista Boko Haram surgiu em 2009 na Nigéria antes de se espalhar para os países vizinhos.

Leia Também: Confrontos entre mineiros e exército causam 32 mortos no Chade

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