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Tanques Leopard em Kyiv? Kremlin diz que os ucranianos "pagarão o preço"

Dmitry Peskov fez essa observação tendo em conta a possibilidade dos parceiros de Kyiv virem a enviar para o país invadido os tanques Leopard 2.

Tanques Leopard em Kyiv? Kremlin diz que os ucranianos "pagarão o preço"

O Kremlin prossegue com as suas ameaças face à possibilidade do Ocidente prosseguir com a ajuda militar à Ucrânia no contexto desta guerra - visando, precisamente, a possibilidade dos parceiros de Kyiv virem a enviar para o país invadido os tanques Leopard 2, está a reportar a Sky News.

Questionado acerca dessa questão, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, começou por explicar que as divisões na Europa sobre o envio dos referidos tanques ilustram que existe um "nervosismo" crescente no seio da aliança militar da NATO. Porém, caso tal venha mesmo a acontecer, lembrou, "o povo ucraniano é que pagará o preço por todo este pseudo-apoio".

E elaborou, em jeito de crítica: "É claro que todos os países que participam, direta ou indiretamente, no bombeamento de armas para a Ucrânia e no aumento do seu nível tecnológico são responsáveis (pela continuação do conflito)".

As declarações surgem depois de informações que dão conta da cada vez maior probabilidade de existir, por parte dos parceiros ocidentais, um efetivo envio de tanques de guerra Leopard 2, de fabrico germânico. Isto depois de o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, ter dito que o país se preparava para pedir autorização à Alemanha para enviar os mesmos para a Ucrânia.

Varsóvia explicou ainda que, mesmo que essa permissão não seja concedida, o país tomará as suas próprias decisões nesse âmbito. Porém, não forneceu mais explicações acerca do significado destas declarações - apenas que está já a ser agregada uma coligação de países que se mostram prontos para contribuir nesse sentido. 

Também o governo alemão já reagiu a essa possibilidade, dizendo, por via de um porta-voz: "Há um procedimento para isso, trabalharíamos com a rapidez e o cuidado necessários". Isto depois de a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, ter já, no entanto, garantido que Berlim não pretende ser um obstáculo no que diz respeito a esse tema.

Recorde-se que a Ucrânia tem vindo, nas últimas semanas, a pedir ao Ocidente o envio destes tanques de última geração, alegando necessitar deles para combater as investidas russas. Porém, o envio dos mesmos tem estado dependente de autorização alemã, país responsável pelo fabrico dos mesmos  - algo que, até ao momento, ainda não aconteceu.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu estão, inclusive, esta segunda-feira, reunidos em Bruxelas, para discutir o apoio adicional a prestar à Ucrânia no contexto deste conflito.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Rússia acusa Kyiv de guardar armas ocidentais em centrais nucleares

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