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Governo queniano 'declara guerra' a seis milhões de pássaros

Nairobi está pronto para erradicar uma 'praga' que tem invadido os campos agrícolas do país, mas os especialistas alertam para possíveis efeitos nefastos.

Governo queniano 'declara guerra' a seis milhões de pássaros
Notícias ao Minuto

16:57 - 17/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Quénia

O Executivo do Quénia deu início a uma verdadeira 'guerra' contra o tecelão-de-bico-vermelho, um pássaro que tem invadido em grandes números os campos agrícolas do país, causando dados e prejuízos nas colheitas.

O denominado 'Corno de África' tem sofrido com uma seca contínua que reduziu a quantidade de relva disponível, cujas sementes são a principal fonte de alimento do tecelão, o que obrigou estas aves a invadir os campos de grãos. Em risco estão, estima o Executivo queniano, 800 hectares de arroz, 120 dos quais já foram destruídos pelos pássaros.

Os agricultores no oeste do Quénia podem perder cerca de 60 toneladas de grãos para as aves. Em 2021, a FAO estimou que as perdas de safra atribuíveis às aves totalizaram danos de cerca de 46 milhões de euros.

O fentião, um pesticida organofosforado, tem sido a resposta dos quenianos para colmatar as invasões, mas investigadores definiram o químico como “tóxico para humanos e outros organismos não-alvo”. “O fentião pode, portanto, ferir ou matar indiscriminadamente, com consequentes efeitos adversos em organismos não-alvo”, concluíram os mesmos, citados pelo The Guardian.

Estima-se que África tem uma população reprodutiva de 1,5 mil milhões de aves, pelo que os ornitólogos dizem que não há aves de rapina suficientes para acabar com as vastas colónias de tecelão.

A invasão desta espécie aos campos de cultivo ocorre frequentemente em muitos países africanos. Por exemplo, há apenas seis meses, a FAO cedeu cerca de 460 mil euros ao governo da Tanzânia para apoiar a pulverização de pesticidas, vigilância e capacitação, após 21 milhões tecelões terem invadido campos de arroz, entre outras colheitas.

Leia Também: EUA. Injetaram pesticida em prisioneiros e agora universidade pede perdão

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