Bolsonaro gastou 5 milhões mas não quer mostrar 2 mil pagamentos

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro gastou 27,6 milhões de reais (cinco milhões de euros) com o cartão corporativo durante o seu mandato, havendo ainda dois mil pagamentos que considerou sigiloso e que as autoridades estão a averiguar.

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Lusa
12/01/2023 19:59 ‧ 12/01/2023 por Lusa

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Em conferência de imprensa no Palácio do Planalto, que procura regressar à normalidade depois dos ataques de domingo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, explicou que dois mil pedidos de sigilo pedidos por Bolsonaro "foram negados em primeira instância, negados em segunda instância e chegaram até à CGU [Controladoria-Geral da União]".

"O total de documentos que, de alguma maneira, receberam sigilo no Governo Bolsonaro fica em torno de 65 mil pedidos de informação", detalhou, acrescentando ainda que a decisão da divulgação os valores gastos dos restantes dois mil pedidos será feita em 30 dias.

Na quarta-feira à noite o Governo brasileiro divulgou uma extensa lista relativamente aos gastos dos Presidentes da República desde 2003, ano em que Lula da Silva foi eleito pela primeira vez.

Nesta lista que vai de 2003 a 2022 estão incluídos todos os gastos, não considerados sigilosos, de Lula da Silva (2003-2011), Dilma Rousseff (2011-2016), Michel Temer (2016-2019) e Jair Bolsonaro (2019-2023).

O jornal O Globo fez uma análise dos gastos destes chefes de Estado, já corrigidos com a inflação.

Jair Bolsonaro foi quem gastou menos dinheiro, não incluindo os dois mil gastos sigilosos em apreciação.

A média anual de gastos anuais de Lula da Silva nos dois mandatos foi de 13,7 milhões de reais (2,48 milhões de euros). Dilma Rousseff gastou em média anualmente oito milhões de reais e Michel Temer 11,4 milhões de reais (2,07 milhões de euros).

Bolsonaro, em média, gastou 7,7 milhões de reais (1,4 milhões de euros).

Ainda assim, alguns gastos de Jair Bolsonaro chamaram à atenção e já foram alvo de críticas.

"Abertura de sigilo do cartão corporativo do genocida mostra como o gasto foi perdulário e estranho", denunciou a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, na rede social Twitter.

Acrescentando que "numa lanchonete, havia várias contas" de nove mil reais e, num hotel em Guarujá, foram gastos "1,46 milhão de reais em diárias", a dirigente do PT questionou: "Como elas custam de 436 a 940 reais, como chegou a esse valor?"

Há alguns gastos que chamam a atenção, segundo levantamentos feitos pela comunicação social brasileira, como despesas com gelados (mais de 1.500 euros em quatro anos) e 1,9 milhões de euros em hospedagem, incluindo gastos com alimentação.

Leia Também: Democratas dos EUA pedem que Biden revogue visto diplomático de Bolsonaro

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