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México considera aceitar mais migrantes expulsos pelos EUA
O Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse hoje, antes da Cimeira de líderes da América do Norte, que consideraria aceitar mais migrantes do que o planeado pelo seu homólogo norte-americano, Joe Biden, para os afastar dos Estados Unidos.
© Getty Images
Mundo México EUA
"Não queremos antecipar as coisas, mas isso faz parte do que vamos falar na cimeira. Apoiamos este tipo de medidas, para dar opções, alternativas às pessoas", disse López Obrador, acrescentando que "os números podem ser aumentados".
O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, alertou, no entanto, que ainda nada foi decidido.
"O que precisamos é de ver como funciona na prática o programa anunciado na semana passada, se algum ajuste precisa de ser feito e depois podemos conversar sobre os próximos passos", afirmou.
Os comentários de Sullivan foram um reflexo das negociações altamente sensíveis sobre migração, que será um tema central durante a cimeira de dois dias com Biden, López Obrador e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.
Todos os três países estão a lutar para lidar com o fluxo de pessoas que chegam à América do Norte, bem como a reprimir os contrabandistas que lucram ao convencer os migrantes a fazerem a perigosa viagem para os Estados Unidos.
Outras questões em discussão abrangem as alterações climáticas, energia e cadeias de abastecimento.
Sullivan disse hoje que a viagem seria "uma boa oportunidade para Biden aprofundar o seu envolvimento pessoal com López Obrador e Trudeau".
Antes da cimeira, Biden anunciou uma grande mudança na política migratória, que havia sido negociada com o México.
De acordo com o plano, os Estados Unidos vão enviar 30.000 migrantes por mês de Cuba, Nicarágua, Haiti e Venezuela para a fronteira com o México.
Além disso, outras 30.000 pessoas desses quatro países que obtiverem patrocinadores, verificação de antecedentes e um voo para os Estados Unidos vão ter a capacidade de trabalhar legalmente no país por dois anos.
O número de migrantes que cruzam a fronteira entre os Estados Unidos e o México aumentou dramaticamente durante os primeiros dois anos de mandato de Biden,
Houve mais de 2,38 milhões de movimentações durante o ano encerrado em 30 de setembro de 2022, tendo ultrapassado pela primeira vez a barreira dos dois milhões.
Leia Também: López Obrador pede a Biden para "acabar com abandono" da América Latina
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