Uma refugiada de 37 anos da República Centro-Africana, Henriette Batnan, não teve capacidade financeira para comprar um presente de Natal para o seu filho Edouard, com quem fugiu do país de origem em 2017, reporta a Reuters.
Mas, em vez disso, vestiu a criança com a sua melhor roupa, de forma a que pudesse encontrar-se com o Pai Natal, que visitou o campo de refugiados de Dembo, no Chade, na quarta-feira, acompanhado de presentes para os mais novos.
Foi nesse preciso momento que o pequeno Edouard viria a receber aquele que foi o primeiro presente desde que chegou ao referido campo de refugiados com a mãe, há quase seis anos.
"Faz-me feliz vê-lo rir, divertir-se e, acima de tudo, receber presentes de Natal", disse Batnan, que, tal como a maioria da população da República Centro-Africana, é cristã.
Edouard fez parte do grupo de cerca de 300 crianças que participaram numa cerimónia natalícia promovida pelo Projeto de Apoio a Refugiados e Famílias Anfitriãs do Banco Mundial, que fornece apoio ao nível de necessidades básicas a pessoas deslocadas e trabalha para promover a educação e a assistência médica nos acampamentos.
O evento, intitulado 'Árvore de Natal', surgiu com o intuito de dar às crianças residentes no campo de refugiados em causa um momento de alegria, de forma a ajudá-las a esquecer por algum tempo as condições difíceis em que vivem, explicou a coordenadora regional do projeto, Liliane Ganda Kadja Kossi.
"A vida das crianças nos campos de refugiados não é fácil", começou por explicar, acrescentando: "Estão traumatizadas... não têm paz e sossego".
Para muitas das crianças que se encontram no campo de refugiados de Dembo, devido aos vários conflitos existentes no território da África Central, este evento tratou-se de uma primeira oportunidade para celebrar esta época festiva, à semelhança do que acontece com milhões de jovens de todo o mundo.
Leia Também: Dezassete mineiros ilegais e cinco soldados mortos em confrontos no Chade