Guerrilha colombiana do ELN anuncia "greve armada" no nordeste

A guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), que iniciou conversações de paz com o Governo do Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou uma "greve armada" numa região pobre do nordeste do país.

Governo colombiano indulta 30 guerrilheiros das FARC

© Reuters

Lusa
15/12/2022 06:25 ‧ 15/12/2022 por Lusa

Mundo

Colômbia

O ELN proibiu o tráfego e toda a atividade ao longo dos rios San Juan, Sipí, Cajón e Calima na província predominantemente afro-colombiana de Choco, de acordo com uma declaração divulgada na quarta-feira.

"A greve começa a 15 de dezembro [hoje] a partir das 18:00 [23:00 em Lisboa]", anunciou o ELN, a última guerrilha ativa no país desde a desmobilização das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), depois de um acordo de paz em 2016.

Os rebeldes justificaram a ação devido ao homicídio na segunda-feira do "jovem Santiago Cáceres pelos paramilitares", com a cumplicidade das forças da ordem, de acordo com o ELN.

Os guerrilheiros apelaram à população para respeitar esta greve para evitar "qualquer inconveniente", assegurando que as unidades estão no rio para "garantir a segurança e manter o controlo", indicou a mesma nota.

A decisão surgiu num mau momento para o Governo Petro, que anunciou no início desta semana ter "concluído com êxito" a primeira ronda de negociações com a guerrilha, em Caracas.

"O ELN deve agir de forma coerente, porque se estamos num cenário de paz, então deve compreender que este tipo de comunicação não faz nada pela credibilidade" do movimento, disse à imprensa o representante do Presidente para estas negociações de paz, Danilo Rueda.

Rueda acrescentou estar em contacto com os guerrilheiros para obter uma "resposta sobre este assunto".

Na segunda-feira, o Governo colombiano e o ELN concluíram, em Caracas, uma primeira ronda de conversações de paz, com um acordo para a libertação de reféns ou ações humanitárias, mas sem referência a um cessar-fogo.

De acordo com as autoridades, o ELN tem cerca de 2.500 membros e está sobretudo presente na região do Pacífico e na fronteira de 2.200 quilómetros de comprimento com a Venezuela.

Os últimos cinco Presidentes da Colômbia não conseguiram chegar a um acordo com o movimento.

Leia Também: Colômbia e guerrilha do ELN concluem ciclo de diálogo em Caracas

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