Caso entre em vigor, após aprovação formal, todas as regiões dos Balcãs ocidentais ficarão na mesma posição face ao espaço Schengen, pelo facto de os habitantes do Kosovo serem os únicos que necessitam atualmente de visto.
Este acordo provisório "fornece ao Kosovo mais um passo no seu caminho europeu", indicou a presidência checa do Conselho da UE na rede social Twitter.
"Por fim, os cidadãos do Kosovo poderão viajar para a UE para férias, visitar familiares e em viagens de negócios sem necessidade de solicitar visto. Este é um momento muito importante para o futuro europeu do país", acrescentou o eurodeputado neerlandês Thijs Reuten, negociador em nome do PE.
Ainda hoje, os máximos representantes do Kosovo assinaram em Pristina o documento que solicita a adesão à UE. O pedido será apresentado quinta-feira em Praga à presidência checa da UE, disse o primeiro-ministro Albin Kurti.
As novas regras sobre vistos permitirão aos titulares de passaportes do Kosovo viajar para a UE sem esse documento por 90 dias em qualquer período que se prolongue até ao máximo de 180 dias.
O acordo terá de ser referendado pelo Comité de liberdades civis e pelo plenário do PE, e ainda pelo Conselho da UE.
Cinco países da União -- Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre -- não reconhecem a independência do Kosovo, o que dificulta as perspetivas de adesão à UE.
A ex-província sérvia, com cerca de 1,9 milhões de habitantes e maioria de população albanesa, proclamou unilateralmente a independência em 2008, apoiada pelos Estados Unidos e a maioria dos países da UE.
Para além da Sérvia, a China, Rússia, Índia, Brasil, África do Sul e outros países não reconhecem a independência da ex-província sérvia.
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