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Corpos de 27 migrantes encontrados no deserto chadiano

Os corpos de 27 migrantes, incluindo quatro crianças, foram encontrados no deserto do Chade, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM), acrescentando que está "chocada e triste" com a descoberta.

Corpos de 27 migrantes encontrados no deserto chadiano
Notícias ao Minuto

19:22 - 13/12/22 por Lusa

Mundo OIM

Os migrantes saíram num camião há quase um ano e meio de Moussoro, uma cidade no centro-oeste do Chade, e acredita-se que se tenham perdido no meio do deserto quando a viatura avariou e eles morreram de sede, acrescenta a OIM.

"Estamos profundamente tristes com esta tragédia mais recente e apresentamos as nossas sinceras condolências às famílias dos migrantes", disse Anne Kathrin Schaefer, chefe da missão da OIM no Chade.

"Precisamos de uma ação coletiva mais forte para evitar mais mortes", frisou.

Mais de 5.600 pessoas morreram ou desapareceram a tentar cruzar o deserto do Saara nos últimos oito anos, com 110 mortes de migrantes registadas no Chade, incluindo as mais recentes, detalhou a agência da ONU.

Os números reais, no entanto, são previsivelmente maiores, pois muitas mortes não são registadas.

Este ano, quase 150 migrantes morreram naquele deserto, acrescentou.

Durante décadas, o Chade foi uma rota de trânsito para pessoas que tentavam chegar à Líbia e outros países do norte da África, de onde tentariam cruzar o mar Mediterrâneo para chegar à Europa.

Desde 2016, a pressão dos países da União Europeia para desencorajar a migração ilegal forçou os migrantes a seguir rotas perigosas, resultando em muitas mortes, consideram analistas de conflitos.

"Esses migrantes vêm do Sudão do Sul, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Nigéria, Camarões e outros países da região. [Os migrantes] estão dispostos a correr riscos com a esperança de chegar ao norte da África e, eventualmente, à Europa", disse Rida Lyammouri, dirigente do Centro de Políticas para o Novo Sul, uma organização marroquina.

"Por vezes, eles precisam de seguir rotas mais arriscadas para evitar as forças de segurança e os traficantes de pessoas e, nalguns casos, esse risco pode custar as suas vidas", adiantou.

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